PUBLICIDADE

Democracia proporciona sonhos e pesadelos

Coluna Ampla Visão, com Manoel Afonso em 04 de Outubro de 2019

POLÍTICA & POLÍCIA  Operação policial lembra campanha eleitoral:  sabe-se como começa, mas não  se sabe como  termina.  O recente episódio com prisões e o explosivo material divulgado  pela mídia proporciona ao cidadão comum a oportunidade de um mergulho (de média profundidade) no  universo social, econômico e político da cidade de quase 1 milhão de habitantes. Dele resulta em sua grande maioria, conclusões homogêneas  independentemente do perfil do observador.  Os respingos  notórios,  mas só o tempo dirá as outras consequências  eleitorais do episódio ‘made in Chicago’.  Como no trânsito – respeitar os sinais é preciso. Eu paro logo no amarelo.  

VERGONHA!   A Federação dos Trabalhadores em Educação do MS continua rançosa e A serviço do PT. Apesar dos moradores do Jardim Anache e Los Ângeles apoiarem maçicamente a adesão de suas duas escolas ao Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, a  entidade incentiva e apoia greve dos professores em prejuízo aos alunos como protesto a essa medida salutar.   Ora! São duas regiões carentes e vulneráveis à violência. Escolas com gestão mais disciplinadoras serão benéficas na formação cultural e social dos alunos.  Mas a população sabe qual o lado político da Fetems e na última eleição na capital o partido (PT) da entidade elegeu só um vereador na capital.  

REGISTRO  O Instituto Brasileiro de Pesquisa,  a pedido do jornal Correio do MS, fez em Campo Grande – entre 12 e 22 de setembro – pesquisa eleitoral para a prefeitura da  capital com os resultados  já divulgados. Paralelamente realizou pesquisa para saber quais os 10  jornalistas  e colunistas de maior credibilidade na nossa capital. Nosso nome aparece na liderança com 40,07%  dos 1.400 entrevistados  acima de 16 anos de idade nas 7 regiões urbanas. 21,35% dos pesquisados não responderam, não souberam ou citaram outros profissionais. Consciente do nível do nosso trabalho há vários anos  em mais de 40 sites na capital e interior –  na TV MS Record e FM Cidade de Campo Grande – estamos honrados com essa distinção. Incentivo gratificante.

À ESQUERDA  Depois da ‘Carta de Puebla’ a Igreja Católica fez ‘opção pelos pobres’ e pelas doutrinas socialistas. Mas os escândalos de pedofilia não foram suficientes para uma mudança de postura. Ela insiste em ser a guardiã exclusiva da entrada do Paraíso.  Ainda há pouco o Vaticano emitiu sinais de apoio às críticas europeias sobre a questão da Amazônia. Século novo e a ‘Santa Madre’ é a mesma; ‘avermelhou’ no Brasil, a exemplo do resto da América Latina ela vai perdendo espaço para outras seitas que inclusive aumentaram a representação política. O atual Sumo Pontífice – após um início esperançoso, aquietou-se.  Apenas mais um! As suas igrejas cada vez mais vazias.

AH! O PODER!  Seduz, encanta.  Errou quem apostou  que o ex-secretário de Governo Marcelo Miglioli tivesse dado adeus à política após sua experiência como candidato ao Senado em 2018. Sua votação  na capital também surpreendeu. Apesar de neófito em eleições obteve  96.483 votos (11,92%) – apenas 2.756 votos menos que os 99.239 votos de Waldemir Moka (MDB) com longa carreira como vereador, deputado estadual,  deputado federal e senador. Foi  superior a Zeca do PT,  que na capital obteve 76.465 votos e Delcídio do Amaral (PTB)  - 23.989 votos (2,96%).  Enfim, Miglioli – como revelou-me, quer disputar a prefeitura pelo Solidariedade  em 2020.  Vida que segue.

RETROSPECTIVA  Cada eleição é fato distinto do anterior. Todo mundo sabe disso. Mas apenas para embasar o exercício de comentarista de cada leitor,  vamos lembrar o desempenho de candidatos ao Senado  em Campo Grande. Sergio Harfouche (PSC) surfou na onda da moralidade com 163.314 votos (20,17%); Soraya Thronicke  juntou-se a imagem de Bolsonaro e chegou aos 156.697 votos (19,35%); Nelsinho Trad (PSD) pontuou com 153.613 votos (l8,97%). Aliás, tanto  Miglioli como Harfouche,  levam em conta a votação recebida em 2018 como plataforma para alçar voos mais altos. A democracia é boa; proporciona a todos os mesmos sonhos e pesadelos – é claro!

INSISTO na tese – baseada nos resultados das pesquisas – de que a sucessão da capital caminha inexoravelmente para o 2º turno. O prefeito Marcos Trad (PSD) é hoje o líder nas pesquisas.  Mas teremos pelo menos 6 candidatos com bom desempenho no 1º turno e  com potencial de transferir parte destes votos para os dois postulantes no turno final. Esse contexto exigirá muita habilidade dos candidatos durante a campanha em sua primeira fase, evitando confrontos graves que não possam ser recompostos  na articulação para o 2º turno.  Sem essa habilidade imprescindível  poderemos ter surpresas e o favoritismo inicial correrá riscos.

A MISSÃO  Em recente evento do MDB o ex-governador Puccinelli (MDB)  tentou reanimar os companheiros  conclamando que eles façam uma campanha de atração de eleitores e lideranças ao partido. Convenhamos: não será tão fácil se levarmos em conta os escândalos e prisões de políticos emedebistas em todos os níveis. Na última eleição municipal em Campo Grande o MDB elegeu  apenas  o dr. Loester Nunes e só depois o suplente dr. Sami Ibrahim assumiu na vaga de Paulo Siufi. A situação do MDB é igual a do PT, cheia de escândalos, e que  também elegeu só um vereador nas últimas eleições municipais da capital. Indaga-se: qual a motivação para se filiar ao MDB ou ao PT?

ALTERNATIVA  Impera nas conversas no saguão da Assembleia Legislativa  a tese de que a sucessão estadual está em aberto. Os observadores de plantão  levam em conta  que o governador Reinaldo (PSDB) passará o cargo ao vice Murilo Zauith (DEM)  para postular o Senado. As notícias mostram um movimento discreto, mas contínuo no sentido de atrair prefeitos e lideranças para o partido de Zauith – que após sentar no poder – terá todas as condições para naturalmente candidatar-se à reeleição. Indo bem o Governo Bolsonaro, os nossos dois ministros do DEM – da Saúde e Agricultura – por tabela  ganharão ainda maior visibilidade no campo político-eleitoral. É o jogo.

DEPREDADA   Assim ficou a Reforma da Previdência com a perda de economia de quase R$ 80 bilhões na votação no Senado. Vários fatores colaboraram para a derrota do projeto:  excesso de confiança do Governo,  falta de articulação do Planalto,  falta de prioridade dada pelo Governo em contraste com a energia que dispensou na indicação de Flávio Bolsonaro para a Embaixada dos Estados Unidos. E mais: não mobilizou os senadores e muitos deles viajaram. Compensar essa perda é o grande desafio para o Ministro Paulo Guedes da Economia. Mas ele não pode contar com os Estados e municípios para esse sacrifício. Como se diz no interior: “aqui não Geralda!”

DOURADOS : 36,03%  dos 900 eleitores pesquisados pelo Instituto Ranking entre os dias 27 e 30 de setembro ainda não sabem em quem votar ou não responderam. Na estimulada o quadro atual seria esse: Marçal Filho 24,77% - Rodolfo Nogueira 9,33% - Renato Câmara 8,22% - Délia Razuk 6,11% - Geraldo Resende 4,66% - José Carlos Barbosa 4,11% - Alan Guedes 3,55% - Murilo Zauith 3,22%.

REJEIÇÃO: Geraldo Resende 26,11% - Délia Razuk 20,22% - Murilo Zauith 13,33% - José Carlos Barbosa 12,72% - Renato Câmara 5,11% - Marçal Filho 4,22% - Alan Guedes 3,33% - Rodolfo Nogueira 2,88. O instituto responsável pela amostra comunica que os trabalhos foram efetivados de acordo com as instruções contidas no artigo 33 da Lei 9.504/1997 e TSE 23.549/2017.  Se não elege, a pesquisa cria o clima eleitoral. 

INCOERÊNCIA Repercutiu (mas não resolverá nada) a carta da advogada Lilian Soares à ministra Rosa Weber, do STF,  onde anexa a certidão de óbito de seu cliente de 80 anos que aguardava  uma decisão naquela corte há 11 anos, onde ironicamente “parabeniza” a ministra “pela demora”.  Sofrendo de Mal Parkinson, seu cliente sem   recursos para tratamento faleceu. “A sociedade está cansada de um Judiciário caríssimo e que, encastelado, desconsidera o que esperam pela ‘efetividade’ e pelo cumprimento das promessas constitucionais”. E informou: “que as pompas fúnebres foram singelas, sem as lagostas e os vinhos finos que os impostos suportam” – referindo-se a licitação  em abril de R$ 1,1 milhão do STF para suas refeições que mais parecem banquetes.

‘MERCI’  Inspirados pelo presidente da república Emanuel Macron, os vereadores de Paris outorgaram título de cidadão honorário ao ex-presidente Lula. É uma vingança contra Bolsonaro devido ao episódio da Amazônia. O argumento do título deve ser aquela lenga lenga de ter tirado (temporariamente) milhões de brasileiros da pobreza. Mas esquecem que ele institucionalizou a corrupção jogando o país numa situação jamais vista. Mas isso é coisa de francês. Um amigo ironizou: “já imaginou a Dilma falando de improviso  na cerimônia!”.   

SEM RODEIOS  O deputado federal dr. Ovando (PSL) é boa praça. Experiente, comedido, mas muito franco em algumas situações. Sabe como é, como todo político evangélico adora citar alguns personagens bíblicos pertinentes aos assuntos abordados nas entrevistas.  Sobre seu salário como parlamentar revelou de pronto.  Perguntei depois qual era a opinião dele sobre esse desgastante episódio envolvendo o deputado coronel David e a senadora Soraya Tronicke – ambos de seu partido, o PSL.  O deputado respondeu sorrindo: “Não posso responder Manoel, porque  minha especialidade médica não é a psiquiatria”.

Dilma Rousseff: “Estive a ponto de cometer suicídio e em seguida matar o Sérgio Moro”. (na internet)

RÁPIDAS

Deputado Antonio Vaz (Republicanos) Presidente da Comissão da Saúde presidiu audiência pública para aferir ações/gastos; recebeu representantes de entidades diversas, participou das sessões  ordinárias, visitou secretarias e órgãos públicos do Estado.

Deputado Evander Vendramini (PP)  Criou e preside a Frente Parlamentar da Mineração; Requereu ao Ibama informações sobre disjunções vegetacionais no MS e com destaque para Bodoquena, Ladário e Corumbá. Participou das sessões na semana.

Deputado Lucas de Lima (Podemos) Presidente da Comissão de Meio Ambiente integra agora a Frente Parlamentar da Mineração; autor de projeto que visa proteger o consumidor quanto a aquisição de produtos vencidos, evitando prejuízos e problemas.

Deputado Marçal Filho (PSDB)  Na tribuna falou dos desafios dos idosos;  abordou o problema das taxas cartorárias e pediu sensibilidade dos poderes; participou da reunião  da Comissão de Constituição  Justiça e Redação exarando pareceres nos projetos.

Deputado Marcio Fernandes (MDB) Pediu reforço policial para o destacamento de Sidrolândia em atendimento a vários segmentos sociais daquela cidade; publicada a lei de sua autoria incluindo  a Festa Mantenense de Camapuã no calendário de eventos.

Deputado Neno Razuk (PTB)  Registrou na tribuna sua indignação contra protesto na  MS 158  que provocou a morte de uma criança à caminho do hospital;  aprovada lei de sua autoria versando sobre a identificação de autismo nas unidades de saúde do Estado.

Deputado José C. Barbosa (DEM) Acompanhou as ações do Governo em várias cidades e fez relato do que presenciou; aprovada sua lei que identifica os prestadores de serviço a domicílio; presente a reunião da Comissão de Constituição Justiça e Redação.

Deputado Capitão Contar (PSL)  Autor de Emenda ao Projeto do Executivo sobre aplicação de recursos na Segurança, foi elogiado pelos colegas; lamentou a derrota de seu projeto sobre criação de escola bilíngue  benéfica  para a comunidade.

Tribunal de Contas  Mandou devolver a quantia de R$531 mil  para Amambai e R$ 235 mil ao município de  Água Clara – valores que tinham sido impugnados . Ato de justiça e sensibilidade da corte presidida pelo Conselheiro Iran Coelho das Neves. 

Deputado Lídio Lopes (Patri) Prestigiou comemorações em Rio Brilhante, Dourados e Bonito, quando ouviu reclamos de vereadores, autoridades e dirigentes de entidades diversas. Participou da reunião da Comissão de Constituição Justiça/Redação.

Deputado Herculano Borges (Solidariedade)  Visitou o Hospital Evangélico de Dourados, conversou com  dirigentes e aferiu as necessidades. Prometeu recursos através de emendas parlamentares para ajudar o nosocômio. Atuante 2º secretário da Mesa.

Deputado João H. Catan (PR) Elogiado pelo projeto oportuno que consta a data de criação do Mato Grosso do Sul, suprimindo assim o termo divisão. Estudioso procura  atualizar-se da legislação interna para melhor desempenho das atividades parlamentares.

Deputado Gerson Claro (PP)  Presente à reunião da Comissão de Constituição Justiça e Redação; acompanhou vereadores do interior à várias secretarias; ativo nas sessões ordinárias; confiante no projeto do ramal de gás para Sidrolândia, sua base eleitoral.