Campo Grande News em 21 de Agosto de 2018
O paraguaio Cristopher Andrés Romero Irala, 26, que trabalha como eletricista, é o principal suspeito de matar com 19 golpes de punhal a estudante brasileira Erika de Lima Corte, 29. O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira (20) em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã (MS). Mato-grossense de Pontal do Araguaia, Erika cursava medicina em Pedro Juan.
Ele já tinha sido acusado de um crime semelhante em 2012, em Pedro Juan Caballero. Nesta terça-feira (21), o Campo Grande News apurou com fontes da fronteira que Romero está sendo procurado, mas até agora não foi localizado.
Há cinco anos, no dia 14 de agosto de 2012, Cristopher Romero, na época com 21 anos, foi acusado de matar a golpes de punhal a estudante universitária paraguaia Daisy Patricia Benítez Gómez, 26.
O crime ocorreu no bairro Perpétuo Socorro. O rapaz ficou um tempo foragido, depois se apresentou e chegou a ser preso pelo assassinato, mas por falta de provas acabou sendo liberado. Daisy foi morta com crueldade, segundo policiais paraguaios. Além de desferir várias punhaladas na vítima, o assassino tentou queimar o corpo.
Segundo policiais que participam das investigações sobre o assassinato de Erika Corte, o suspeito trabalha para uma empresa terceirizada da Ande (Agência Nacional de Energia). Ele teria conhecido a brasileira quando fazia uma instalação elétrica na casa ao lado onde Erika morava, em Pedro Juan Caballero. Depois disso, passou a assediar a estudante, insistindo para que ela aceitasse um pedido de namoro.
Outro suspeito
Em entrevista à rádio paraguaia 970 AM, o promotor Gabriel Segovia, responsável pelas investigações sobre a morte de Erika Corte, disse que um segundo suspeito é estudante de medicina brasileiro, que teria sido visto em frente ao pensionato horas antes do assassinato.
Ele afirmou que o celular de Erika desapareceu, mas a principal evidência é de crime passional. O dispositivo teria sido levado para dificultar a identificação de provas. A polícia paraguaia pediu ajuda da Polícia Militar e da Polícia Civil em Ponta Porã para tentar rastrear o aparelho.
Segovia disse na entrevista que a filha da dona do pensionato teria ouvido Erika conversando com outra pessoa por volta de 23h e que ela estava sorrindo. Entretanto, essa informação não é confirmada pelos policiais.
O promotor descartou também a suspeita de abuso sexual. Segundo ele, a brasileira foi morta com 16 golpes de punhal no pescoço e três no peito.
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