Lívia Gaertner em 03 de Abril de 2018
Reprodução/El Deber
Presidente Evo Morales assinou lei que autoriza investimentos da empresa chinesa em Mutún
Distante cerca de 60 quilômetros da cidade de Corumbá, na fronteira entre Brasil e Bolívia, o maciço de Mutún tem reserva estimada em 40 bilhões de toneladas de ferro e manganês, sendo o maior daquele país e um dos maiores do mundo.
A construção e efetivação do projeto de mineração está previsto para estar concluído em 30 meses e o início das operações está estimado para 12 meses após a implementação de toda estrutura, segundo o jornal El Deber.
O Morales explicou que a obtenção dos recursos se deve ao crescimento econômico que o pais vem registrando nos últimos anos. Ele ainda afirmou que o Governo investirá um milhão de dólares em Mutún.
O projeto de Mutún é inovador para a Bolívia, será o primeiro a desenvolver toda a cadeira produtiva da mineração. De acordo com o ministro de Mineração, César Navarro, a antiga empresa explorava, contaminava e exportava os produtos. Navarro fez menção á indiana Jindal & Steel que operou brevemente no país.
O projeto de Mutún produzirá 194 mil toneladas anuais de laminados leves, destinados principalmente para o mercado da construção civil.. Estima-se que a operação da exploração do maciço gere 1.500 empregos diretos e outros 3500 indiretos.
O diretor da Empresa Siderúrgica de Mutún reconheceu que a Bolívia entrará na era do aço com atraso, já que se tem conhecimento há cerca de 80 anos das jazidas. Além disso, afirmou que, numa segunda fase, buscarão suprir o mercado nacional e se tornar uma referência regional, já que a produção nos primeiros anos não abastecerá a demanda interna.
Histórico
Reestruturada em 2005 pelo ex-presidente Carlos Mesa, a empresa foi criada em 1972 pelo general Hugo Banzer Suárez, ex-ditador entre 1971 e 1978, que ficou reduzido a um projeto de exploração de uma das maiores jazidas de ferro do mundo, aproximadamente 40 milhões de toneladas de minério de ferro. Em 2009, por meio de um contrato de concessão, a mina passou a ser explorada pela empresa indiana Jindal Steel Bolívia (JSB), até que foram verificados irregularidades e descumprimentos do contrato que, por fim, foi rompido. De lá pra cá, foram realizadas três licitações, tendo sido sagrada vencedora a empresa chinesa Sinosteel Equipament Engeneering.
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