Corumbá destaca importância da preservação do Patrimônio Histórico

O Dia Nacional do Patrimônio Histórico, celebrado em 17 de agosto, foi celebrado em Corumbá, com uma atividade voltada para os trabalhadores responsáveis pela manutenção do Jardim da Independência. O objetivo da Fundação de Desenvolvimento Urbano e Patrimônio Histórico (Fuphan) é que como eles cuidam do espaço público, desenvolvam um papel de conscientização junto à população sobre a necessidade da preservação.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Responsáveis pela manutenção do Jardim da Independência foram orientados sobre importância da preservação do patrimônio histórico

“São ações de educação patrimonial, uma alfabetização cultural em que vamos conhecendo o patrimônio que temos para nos apropriarmos dele e preservá-lo. Preservamos só o que conhecemos, o que não conhecemos acabamos não preservando. Temos um patrimônio materializado incrível aqui em Corumbá e queremos passar que não são da Prefeitura, ou dos órgãos responsáveis pela proteção. São da população, temos que cuidar, e conscientizarmos que temos uma riqueza que gera desenvolvimento, junto com a natureza, que é patrimônio natural”, disse ao Diário Corumbaense a gerente de Patrimônio Histórico da Fuphan, Ana Paula Badari. Também participou da ação de orientação a arquiteta da Fuphan, Vanessa Oliveira.

O Dia Nacional do Patrimônio Histórico é na mesma data em que nasceu o historiador e jornalista Rodrigo Mello Franco de Andrade (Belo Horizonte-MG, 1898-1969). Por meio da Lei nº 378, de 1937, o governo Getúlio Vargas criou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), onde o historiador trabalhou até o fim da vida.

É patrimônio cultural o conjunto de elementos históricos, arquitetônicos, ambientais, paleontológicos, arqueológicos, ecológicos e científicos para os quais se reconhecem valores que identificam e perpetuam a memória e as referências do modo de vida e identidade social.

Um dos patrimônios históricos icônicos de Corumbá é o Casario do Porto Geral, que foi tombado em 2013 pelo IPHAN.

Em seu esforço para a preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro, o Iphan possui a tutela de mais de 45 mil bens imóveis tombados, inseridos em 86 conjuntos urbanos tombados. O Instituto tem ainda tombados um sítio paleontológico, 77 conjuntos arquitetônicos, 33 conjuntos rurais, 449 edificações, 393 edificações e seus acervos, 13 jardins e parques históricos, um quilombo, 30 ruínas, cinco sítios arqueológicos, nove terreiros, 24 patrimônios naturais, 29 acervos, 63 bens móveis e integrados e 45 equipamentos urbanos.

Casario do Porto Geral, que foi tombado em 2013 pelo IPHAN, é um dos patrimônios históricos icônicos de Corumbá

Também estão sob a proteção do Iphan 38 bens culturais imateriais registrados, sendo nove celebrações, 15 formas de expressão, 11 saberes e três lugares. O Brasil tem ainda 25 bens na Lista do Patrimônio Mundial reconhecidos pela Unesco, sendo cinco imateriais e 20 culturais e naturais.