Uol Notícias/BBC Brasil em 16 de Agosto de 2016
A britânica desafiou todas as previsões médicas sobre a duração do órgão e sobre a vida que teria que levar após o transplante. O rim doado por sua mãe tem 100 anos e Sue diz acreditar que essa longevidade "se deve aos bons genes da minha mãe".
Longevidade
Quando recebeu o diagnóstico, Sue tinha apenas 10% das funções renais. "Eu quase não podia caminhar, tinha uma cor de pele diferente: estava amarela. De imediato recuperei uma cor rosada", disse a mulher. "Naquela época eu estava muito assustada, especialmente quando continuava viva na sala do hospital onde as pessoas estavam morrendo". "Minha mãe literalmente me deu a vida porque (sem o rim) eu não teria podido viver muito tempo", disse.
Atualmente os médicos calculam que, em média, um transplante de um doador vivo pode durar 20 anos. Em 1973, quando Sue recebeu seu órgão, entre 30% e 40% dos rins duravam 5 anos. Sue diz que a longevidade também pode ser atribuída aos cuidados tomados por ela. Ela toma 20 comprimidos diariamente para que o rim não seja rejeitado.
"Lembro que naquela época eu pensei: se eu viver cinco anos serei feliz'. Isso foi há 43 anos e o meu rim completará 101 anos em novembro". A história da família foi retratada em jornais locais - era uma época na qual os transplantes de doadores vivos eram relativamente raros.
O professor Derek Manas, presidente da Sociedade Britânica de Transplantes disse: "É uma história extraordinária de alento e esperança para pessoas submetidas à diálise e para estimular o público a se transformar em doadores vivos. "Penso que Sue é uma das sobreviventes mais longevas".
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