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PM e bombeiros anunciam dia de paralisação nesta terça-feira

Campo Grande News em 23 de Maio de 2016

Parte do efetivo de policiais militares e bombeiros paralisará as atividades nesta terça-feira (24) em Campo Grande e também nos outros 78 municípios de Mato Grosso do Sul. Além de pedirem a reposição inflacionária nos salários, as categorias reclamam do sucateamento dos quartéis e viaturas, falta de coletes à prova de balas, ausência de investimentos em tecnologia e más condições de trabalho. "Historicamente, a segurança pública nunca foi prioridade e infelizmente não conseguimos avançar nas negociações com o governo", informou o presidente da AOFMS (Associação dos Oficiais Militares Estaduais de MS), Alírio Villasanti, ressaltando que a arrecadação estadual aumentou e que aguardam a reposição que não ocorre desde dezembro de 2014 e que soma 16%.

Alberto Dias/Campo Grande News

Representantes da PM e Bombeiros se reuniram para anunciar dia de paralisação

Para o oficial, novos investimentos são urgentes e imprescindíveis para atender a todas as ocorrências, o que não acontece atualmente, principalmente nos fins de semana, quando a criminalidade é maior. Quanto às viaturas, em Campo Grande a maior parte "não poderia estar rodando", com exceção de 10 Chevrolet S-10 alugadas. "Um exemplo, é a GM Blazer 2008, com mais de 300 mil quilômetros rodados e que atende a população do bairro Nova Lima", aponta o tenente da PM, Thiago Mônaco, que é presidente da ABSSMS (Associação Beneficente dos subtenentes, sargentos e oficiais da PM e Bombeiros).

As declarações foram prestadas durante coletiva à imprensa nesta segunda-feira (23), em que representantes das associações de classe da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros criticaram o abono de R$ 200 concedido aos servidores estaduais, alegando que "abono não é aumento, tampouco reposição inflacionária". Além disso, "não é incorporado ao salário e pode ser retirado a qualquer momento", reclama o representante dos cabos e soldados da PM, Rafael Ribeiro. "Diferente do que o Governo aponta, a maioria não aceita este abono", esclareceu.

Outro lado

Em nota, o Comando-Geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul informou "que não tem conhecimento e não foi comunicado de qualquer movimento grevista, de paralisação ou de operação padrão, bem como, não deu qualquer aval para a tropa neste sentido".

Segue a nota: "As questões salarial e funcional dos cabos e soldados, que representam a maioria maciça da Polícia Militar, já foram negociadas entre o Governo do Estado e a Associação de Cabos e Soldados da PM, em assembleia geral e legítima. Da mesma forma, o Governo do Estado está trabalhando para reestruturar a Polícia Militar, melhorar as condições de trabalho e valorizar os policiais. E, nos próximos dias entrega para a instituição 866 novos coletes balísticos, 230 armas, entre fuzis, metralhadoras e espingardas de grosso calibre, e mais 60 viaturas, entre motos, caminhões guinchos e vans. Além disso, estão em andamento processos licitatórios para a aquisição de mais 76 viaturas e atas de registros de preços, em fase de homologação, para a aquisição de mais de 5 mil coletes balísticos para a PM e a Polícia Civil."

Já o secretário de Estado de Administração e Desburocratização, Carlos Alberto de Assis, disse ao Campo Grande News que o abono está garantido até abril de 2017 e já preparam o anúncio de novos investimentos, porém, isso é feito paralelamente às negociações salariais. "São problemas antigos, anteriores a este governo, que não se resolvem em um mês", ponderou.

Para ele, a questão envolve "três sindicatos que não confiam no trabalho do Governo". Conversei com 48 sindicatos e associações que representam 40 mil servidores, dos quais 38 mil já aceitaram, com exceção dos subtenentes e sargentos da PM", explicou o secretário. "É um direito do servidor fazer greve. Se não estão contentes podemos voltar à estaca zero e reiniciar as negociações, pois governo mais transparente eles não vão encontrar", finalizou, ressaltando que além do salário em dia, MS é um dos únicos estados que "está na mesa de negociações com os servidores para falar de avanços e não de escalonamentos".

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