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DJ Guto Loureiro: um corumbaense na final nacional do Red Bull Thre3style

Da Redação em 09 de Maio de 2016

Com mais de 20 anos de profissão, o DJ corumbaense Guto Loureiro, 40, participa em setembro, no Rio de Janeiro, da final da etapa brasileira da edição 2016 do Red Bull Thre3Style, que é simplesmente a maior competição de performance de DJs do planeta. Guto Loureiro vai disputar com outros cinco DJs do Brasil – DJ Morenno, DJ Marquinhos Espinosa, DJ A, DJ Bruno X e Tucho – o direito de disputar a final mundial em Santiago, no Chile, no final deste ano.

Divulgação Red Bull

Em sua primeira participação em 2014, Guto Loureiro ficou entre os três melhores DJ's do Brasil

Esta é a segunda participação do corumbaense nessa competição. Logo na primeira vez, em 2014, chegou à final nacional do evento, disputada em Belo Horizonte. Ficou entre os três melhores do país naquela oportunidade. Ano passado não participou e para esta sétima edição ele vem com fôlego e disposição redobrados. Nestas duas vezes quem venceu foi a DJ paulistana Cinara Martins, que representou o Brasil nas finais que rolaram no Azerbaijão e no Japão.

“Meu objetivo era estar entre os seis por causa de no ano passado eu não ter ido. Eu gosto de ser julgado pelo meu trabalho. Quando a pessoa que vai ver seu set é um cara que você admira é show. Ficando entre os seis para mim foi sensacional, fui escolhido por pessoas que eu admiro. Queria estar entre os seis. Agora, estou entre os seis e o próximo passo é ganhar o nacional. Se eu ganhar o nacional, o objetivo vai ser ganhar o Chile, que é a final mundial”, disse Guto ao Diário Corumbaense.

Tendo a capacidade de inovação e criação sempre presentes em seu trabalho, Guto Loureiro vai para o Red Bull Thre3Style com o intuito de fazer o que gosta e num palco que considera privilegiado porque lhe permite fazer o que sabe. “O grande barato é que eu gosto desse campeonato, é o que eu faço normalmente. É claro que é outro nível, tem outras ideias, equipamento muda, tecnologia melhora e você sempre se atualiza”, argumentou.

Música que anime a pista

Acumulando a experiência de quem começou a tocar na primeira metade dos anos 90 e de se apresentar em todo o Mato Grosso do Sul e em estados como o Paraná, São Paulo e na Bolívia, o DJ já trabalha o setlist para a apresentação no Red Bull, embora deva finalizá-lo em agosto. “Não vou fazer nada comercial. Não vou tocar funk porque a festa é no Rio de Janeiro. Vai ser em setembro, não adianta fazer um set hoje, tenho que esperar o que acontecerá até agosto”, contou explicando que até o bairro onde a final será realizada influencia na escolha do set musical.

“Você toca para uma pista, não especificamente para jurados, numa festa durante 15 minutos. A ideia é tocar música que anime a pista. Você é julgado pelos critérios de originalidade, habilidade, seleção das faixas e a reação do público”, explicou antecipando que em outubro vai tocar em uma festa no Japão. O convite para o outro lado do mundo é um dos reflexos de sua participação na edição 2014 do Red Bull Thre3Style.

O trabalho de Guto Loureiro pode ser acompanhado de perto no canal que ele mantém no youtube, é só acessar o www.youtube.com/djguto.

O Red BullThre3style

O Red Bull Thre3style é uma plataforma global para performances de DJs para impressionar fãs de música e DJs legendários que são jurados na escolha de um campeão mundial. As regras do evento são simples: cada DJ tem 15 minutos e deve tocar, ao menos, três diferentes estilos musicais. Esses sets são julgados pelos critérios de originalidade, habilidade, seleção das faixas e, claro, a reação do público. Suas etapas passarão por mais de 20 países de maio a setembro, passando pela Europa, Ásia e Américas.

Fita cassete; adesivo e Fenamilho

Guto Loureiro começou a carreira de DJ na juventude. Foi influenciado por um programa musical de uma rádio FM da capital sul-mato-grossense. “Morava e estudava em Campo Grande e escutava muito a rádio da 102 FM, antiga Rádio Ativa, e gostava muito de um programa que tinha aos sábados. Comprava discos e gostava de ouvir”, rememorou.

A vinda para Corumbá, nas férias, foi o estopim para dar início ao que hoje é uma carreira bem sucedida. “Numa dessas férias juntei uns amigos e resolvemos fazer uma festa. Fiz esse primeiro evento num salão de festas de um edifício. Foi a primeira que eu fiz, com som de um, iluminação de outro. Foi bem uma colcha de retalhos, foi legal, todo mundo curtiu. Eu tinha 18 anos e a gente começou a fazer, sempre nesse local, esse tipo de festa e eu tocava. Ia para Campo Grande gravava em fita cassete, vinha para cá, cortava as fitas, gravava de uma para outra, tinha dois tapedecks, e gravava de uma fita para outra”, contou Guto.

O primeiro cachê foi numa festa na mais conhecida boate corumbaense. “Como gostava de ser DJ, me chamaram para fazer uma festa na boate. Na verdade não lembro bem se me chamaram ou eu falei. Gostava de dance music e nunca fui de tocar músicas nacionais e as festas da época eram movidas por esse tipo de música. O João Batista (promoter) fez esta festa , foi um sucesso danado. Essa foi a primeira vez profissionalmente, com cachê bonitinho”, disse a este Diário.

Uma ideia, baseada num adesivo famosíssimo na cidade, o levou para o primeiro show fora da cidade natal. “Aqui em Corumbá saiu um adesivo com a frase ‘pantaneiro mesmo’, que tinha em tudo quanto era carro e falei, ‘vou fazer um adesivo para mim’ com o mesmo formato, era algo como ‘DJ Guto mesmo’. Fiz 500 adesivos, vendia fitas, e esse adesivo acabou. Tive de fazer mais e acredito que isso começou a fazer meu nome aqui. A primeira vez que fui tocar fora foi em Miranda, numa festa de uma pessoa que eu nunca vi. Essa pessoa viu meu adesivo, comprou uma fita, gostou e me chamou para tocar”.

O divisor de águas foi ser chamado para uma festa em Chapadão do Sul. “Comecei a sair daqui com ajuda do DJ Marquinhos Espinosa, que está nesta final comigo. Ele veio aqui e achei o estilo dele bem legal, ele fazia com muita técnica. O chamaram para fazer uma festa, ele não pode ir e me indicou. Me ligaram e eu fui, foi em Chapadão do Sul, foi o divisor de águas e comecei a fazer minha propaganda em cima disso”.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Guto começou a carreira aos 18 anos tocando numa festa com amigos no salão de um edifício de Corumbá

O investimento e a inovação levaram o trabalho do DJ Guto Loureiro para fora dos domínios sul-mato-grossenses. “Sempre fui de fazer coisa nova, ser diferente dos outros. Sempre cobrei mais caro porque meu gasto, meu equipamento era mais caro, gostava de coisas novas e queria justificar o valor colocando algo a mais. Descobri um negócio de tocar com vídeo e áudio ao mesmo tempo. Tudo o que fazia na música o vídeo mostrava, acompanhava, isso não tinha em lugar nenhum do Brasil, só eu fazia. Uma pessoa de Minas Gerais me ligou convidando para a Fenamilho em Patos de Minas. Na hora falei quero, mas não sabia nem que preço cobrar. Fiz shows abrindo para outros artistas e teve um dia que o show era só meu. Só que foi o único dia que choveu e esfriou. Teve 10 mil pessoas, mas foi muito legal, estava lotado. Fui três vezes tocar lá. É o tipo de festa que se hoje alguém me chamar para tocar em, qualquer lugar do planeta, e tiver a Fenamilho, eu não vou. Não tem festa melhor que a Fenamilho”, concluiu Augusto César Loureiro, seu nome de batismo.

Comentários:

Valmir Rodrigues discotecario: Boa tarde, sou do rio de janeiro nos anos 2021 , eu residir em ladario ms tive à oportunifade em ver o guto tocar nas pista, eu achei ele um dj muito técnico, criativo , está equiparado ão melhores djs do mundo ! Rodrigues discotecario ou dj

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