Receita Federal apreende 1,5 tonelada de roupas e animais silvestres

A Equipe de Vigilância e Repressão Aduaneira da Receita Federal em Corumbá apreendeu 1,5 tonelada de roupas; espingarda e animais silvestres com indícios de terem sido capturados em caça. Três pessoas foram detidas, sendo dois bolivianos e um brasileiro. Os dois flagrantes aconteceram na madrugada desta quinta-feira, 05 de maio, nas proximidades do porto seco (Agesa) e numa trilha que dá acesso à Bolívia na região de fronteira.

Ricardo Albertoni/ Diário Corumbaense

Apreensão de veículo com placas bolivianas foi o ponto de partida de toda a operação

Foram duas situações distintas flagradas pela Receita Federal, que tiveram origem na abordagem a um carro com placas bolivianas. “Numa fiscalização de rotina abordamos um veículo com placas bolivianas. Suspeitamos de algo porque tinha película muito escura. E encontramos seis fardos de roupas sem provas de regular importação. O condutor nos informou que o vestuário estava numa trilha e seria entregue num caminhão”, contou ao Diário Corumbaense o auditor fiscal da Receita Federal, Hermano Toscano.

Ele explicou que após a abordagem e apreensão das roupas – de marcas famosas e com indícios de falsificação –, a Equipe de Repressão Aduaneira seguiu para o ponto indicado como origem da carga. No caminho para essa trilha – que margeia a linha fronteiriça – houve o flagrante relacionado ao armamento e animais silvestres.

Divulgação Receita Federal

Servidores da Receita ainda flagraram idoso com animais silvestres abatidos e arma

“Fomos atrás do caminhão e no caminho, encontramos um veículo parado, que ao avistar a viatura da Receita Federal tentou fugir. Iniciamos uma perseguição e, ao abordarmos, encontramos uma arma calibre 22 e os animais silvestres no porta-malas, um cervo do pantanal e pedaços de jacaré que acreditamos ser da cauda do animal”, informou o auditor fiscal. As Polícias Militar e Ambiental foram acionadas e o homem, de 61 anos, que transportava os animais em uma Parati foi encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil. A PMA aplicou multa de R$ 20,5 mil ao infrator pelo abate dos animais silvestres.

Já na trilha indicada pelos bolivianos – condutor e passageiro – foram encontrados outros 12 fardos de roupas, que somados ao primeiro carregamento apreendido, totalizaram 18 fardos e 1 tonelada e meia de roupas.  Essa mercadoria tem valor estimado em cerca de R$ 100 mil. “Os dois bolivianos que estavam no carro com os primeiros seis fardos serão encaminhados para a Polícia Federal pelo crime de contrabando”, disse Toscano. 

Lá, ainda foram apreendidos cinco carrinhos de mão – possivelmente usados para transporte dos fardos –, lanternas e mochilas. Esse material indica que o local reúne alguma estrutura para ser usado como ponto de apoio para passagem de contrabando e descaminho.

“Como são de marcas famosas e aparentam ser falsificações, deve ser enquadrado como contrabando. A mercadoria vinha da Bolívia, mas o destino não foi informado pelo condutor, que disse que entregaria num caminhão e não tinha maiores detalhes. Suspeitamos que ele entregaria de fato no caminhão, cujo condutor fugiu ao perceber que ele foi abordado pela Receita Federal. São roupas que passaram em trilhas clandestinas da fronteira, sem provas de regular importação”, finalizou o servidor da Receita integrante da Equipe de Vigilância e Repressão Aduaneira . O carregamento – por ter indícios de falsificação – deve ser destruído.

O descaminho é a introdução no país de mercadoria legal sem o pagamento dos tributos, como roupas, gêneros alimentícios, brinquedos e eletroeletrônicos, por exemplo. Contrabando é a mercadoria proibida taxativamente de entrar. (matéria editada para atualização de informação).

Ricardo Albertoni/ Diário Corumbaense

Mercadoria apreendida tem valor avaliado em aproximadamente 100 mil reais