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Agetrat deve intensificar educação no trânsito para redução de acidentes

Caline Galvão em 03 de Maio de 2016

Pelo segundo ano consecutivo, Corumbá se organiza para a campanha Maio Amarelo, que visa conscientizar a sociedade sobre o alto número de mortos e feridos em acidentes de trânsito. Mais de 180 países participam da campanha. No município, haverá atos simbólicos de conscientização, distribuição de informativos e palestras serão oferecidas a estudantes. Maio Amarelo em Corumbá é organizado pela Agência Municipal de Trânsito e Transporte (Agetrat), em parceira com Secretaria Municipal de Saúde, Detran e Polícia Militar.

Durante todo o mês, haverá educação de trânsito de maneira mais intensa, com exposição de bandeiras e laços amarelos, blitzes nos segmentos escolar, de mototáxi, táxi, turismo, distribuição no comércio do adesivo símbolo da campanha, que é o laço amarelo, palestras com estudantes de Ensino Médio e distribuição de folders.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Ações educativas e de conscientização vão acontecer durante todo o mês

“O Maio Amarelo incentiva as pessoas a terem mais atenção no trânsito para que elas tenham a consciência das suas responsabilidades. A gente costuma dizer que o carro não colide sozinho, sempre tem o motorista por trás. O pedestre é a parte mais frágil no acidente de trânsito, então, deve haver uma responsabilidade de todos que frequentam o trânsito”, comentou Alexandre Vasconcellos, diretor-presidente da Agetrat.

A Organização Mundial da Saúde estima que atualmente morrem três mil pessoas por dia, em todo o mundo, vítimas de acidentes de trânsito, o primeiro responsável por morte na faixa dos 15 aos 29 anos de idade; o segundo na faixa de 05 a 14 anos; e o terceiro na faixa de 30 a 44 anos. Esses acidentes representam custo anual de 518 bilhões de dólares e equivalem aos gastos de 1% a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país.

De acordo com Alexandre Vasconcellos, em Corumbá, o uso do celular por motoristas é responsável pelo maior número de infrações no trânsito. “A pessoa ainda insiste em dirigir falando no aparelho celular e isso com certeza tira a atenção do motorista. A questão do cinto de segurança, a pessoa ainda não tem consciência que aquilo serve para proteger a sua vida, as pessoas insistem em dirigir sem ele”, afirmou o diretor-presidente da Agetrat ao ressaltar que as infrações com celular e falta de cinto são campeãs em notificações.

No município também há grande número de motoristas e motociclistas sem carteira de habilitação. “Quando a gente faz blitzes em parceira com a Polícia Militar, percebemos muito isso. Hoje as pessoas têm acesso muito fácil para adquirir uma moto, mas muitas vezes elas não são habilitadas”, disse Alexandre ao Diário Corumbaense.

Com relação aos acidentes que geralmente ocorrem em rotatórias na cidade, o diretor-presidente da Agetrat acredita que falta na verdade mais responsabilidade por parte dos condutores. “Nós fizemos uma campanha educativa para os condutores bolivianos porque na Bolívia a rotatória é diferente, pois lá quem está dentro não tem preferência, ao contrário do que acontece no Brasil. Aqui, a preferência é de quem está dentro da rotatória. Mas o que a gente percebe mais é a irresponsabilidade de quem está dirigindo os veículos”, afirmou.

Ele acredita que pedestres e motociclistas precisam se conscientizar mais de que, em um acidente de trânsito, eles são a parte mais frágil da situação. Em 2014, circulavam em Corumbá cerca de 10 mil motocicletas, hoje, há aproximadamente 12 mil, um aumento significativo em dois anos. Há quase 22 mil veículos de quatro rodas circulando pelas ruas da cidade atualmente.

“A Agetrat vai fazer o máximo possível para levar educação para o trânsito. A gente já tem feito isso durante todo o ano, mas no Maio Amarelo vamos intensificar. Queremos levar cada vez mais consciência para os motoristas. O objetivo sempre é diminuir o número de vítimas no trânsito, mas isso não será possível enquanto o motorista não tiver consciência e responsabilidade dentro do trânsito”, frisou Alexandre Vasconcelos.

Década de Ação para a Segurança no Trânsito

A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.

De acordo com o site do movimento Maio Amarelo, se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.

O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito. O Maio Amarelo entra no contexto dessa campanha mundial que visa conscientizar cada cidadão sobre a segurança no trânsito.

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