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Mobilização nacional contra Aedes aegypti movimenta militares na região

Caline Galvão em 13 de Fevereiro de 2016

Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense

Militares estão entregando panfletos e orientando nas ruas, casas e estabelecimentos comerciais

A mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti teve início às 07h30 deste sábado (13) em todo o País. Em Corumbá, a concentração aconteceu na sede do 17º Batalhão de Fronteira, quando militares do Exército, fuzileiros navais da Marinha, militares da Aeronáutica, servidores da Embrapa e agentes de saúde do município se reuniram para iniciar as atividades. São cerca de 86 equipes percorrendo toda a cidade entregando panfletos, mapeando focos de mosquitos e orientando a população sobre prevenção ao Aedes.

O tenente-coronel Niller, comandante do 17º Batalhão de Fronteira, afirmou que os militares estão unidos no combate ao mosquito e que a confiança que a sociedade dá aos militares provoca um peso maior na ação. Ele frisou que a meta é passar por todo o município e levantar todos os focos, além de conscientizar a população sobre as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

O secretário do Desenvolvimento Territorial, órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, Humberto de Oliveira veio a Corumbá acompanhar a mobilização nacional de combate ao Aedes aegypti. Ele ressaltou ao Diário Corumbaense que o Governo Federal resolveu usar a força dos militares porque o País vive uma epidemia nesse período chuvoso, propício à proliferação de mosquitos e que foi necessário “declarar guerra”.

“Nós precisamos fazer um ato cívico. O envolvimento das Forças Armadas é para nos ajudar e dar sentido a uma mobilização nacional em que o Governo Federal demonstra uma preocupação de acordo com o tamanho do problema. Essa não é a única solução. Nós criamos a sala de controle e coordenação do combate ao mosquito e à microcefalia e nós também estimulamos os governos estaduais e municipais a fazer o mesmo”, explicou Humberto.

Ao centro, Humberto Oliveira, representante do Governo Federal que veio acompanhar as atividades em Corumbá

Ele ainda frisou que é preciso mobilizar a sociedade para que ela tenha mais cuidado com seus vizinhos e com seu bairro, fazendo uma atividade conjunta, principalmente ajudando aqueles mais carentes, encontrando “algumas alternativas solidárias”, conforme ele. “Eu sei que todas as pessoas têm seus afazeres, mas precisamos entender que estamos em um caso em que precisamos mobilizar a população inteira”, frisou o representante do Governo Federal.

Segundo ele, a mobilização será continuada. Há uma programação até o final de julho, quando as atividades de combate serão intensas. Haverá uso de larvicidas, inseticidas, visitações em casas, enquanto o Governo Federal realiza convênios para contrato de pesquisas e avanços tecnológicos. “Tem que ser uma frente ampla de combate à doença, não existe uma solução única”, afirmou.

Márcio Cavasana, secretário de Governo da Prefeitura de Corumbá, afirmou que o município está grato pelo “reforço de guerra” e que esse apoio é muito bem-vindo. “Além de todo esse trabalho, mais do que fiscalização ou vistoria, é importante o trabalho de conscientização. As autoridades têm a responsabilidade maior no processo, mas cada cidadão deve ter a consciência que tem que cuidar da sua casa e do seu bairro para que juntos possamos cuidar da nossa cidade”, afirmou.

Moradores são orientados a se prevenirem contra o mosquito

Militares orientam e buscam informações sobre possíveis focos

Em torno de 600 militares e 15 viaturas operacionais se mobilizaram neste sábado. Essas equipes, ao identificarem possíveis focos de mosquitos transmissores, informam tal fato ao seu comandante para que os dados desse local sejam anotados e  relatados no relatório final e, posteriormente, remetido à Secretaria de Saúde de Corumbá.

Sérgio Alberto Amaral, que mora no centro da cidade, acha importante a ação dos militares porque Corumbá está com muitos focos de mosquito nesse período de chuvas. “Acho isso importante, estar sempre frisando e tomando cuidado”, disse ao frisar que a família ficou ainda mais atenta aos cuidados depois que sua cunhada pegou dengue. Ele contou que também está de olho no cuidado que os vizinhos têm na prevenção ao mosquito. Já pediu para um vizinho não deixar pneus expostos, solicitação que foi atendida. “Evitou o acúmulo de água”, afirmou.

“Essa é uma atividade legal que ajuda as pessoas a ter consciência de não deixar água parada porque o mosquito é causador de doenças que matam. Tenho um amigo que está internado no CTI com suspeita de dengue, já há duas semanas. A gente faz o que pode para ajudar no combate ao mosquito. Se cada um tiver consciência de limpar seu terreno e não deixar água parada, a gente consegue acabar com o mosquito”, disse Leo Alves, ajudante de obras.

Nos locais onde são encontrados criadouros do mosquito, equipes fazem as notificações

Marinha realiza ação em Ladário

Em Ladário, 670 militares do 6º Distrito Naval estão desenvolvendo o mesmo trabalho de conscientização. A atividade está sendo realizada em conjunto com a Secretaria de Saúde daquele município. A pretensão é visitar seis mil domicílios e estabelecimentos comerciais. Representantes de instituições privadas como a Sociedade Amigos da Marinha (Soamar), Associação dos Militares da Reserva de Ladário, Lions Clube de Ladário, Sociedade Caritativa e Humanitária-SSCH de Ladário, Vale, Voluntárias Cisne Branco e Polícia Civil estão apoiando a inciativa e participaram da cerimônia de abertura das atividades.

Divulgação 6º DN

Em Ladário, 6º Distrito Naval realiza trabalho de conscientização com 670 militares da Marinha

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