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Água dos afluentes de rios já cobre parte da Estrada Parque

Caline Galvão em 12 de Fevereiro de 2016

O trecho do Buraco das Piranhas até a ponte de concreto sobre o rio Miranda, na MS-184, conhecida como Estrada Parque, já está com água passando por cima da estrada. Desde o dia 06 de fevereiro, a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) restringiu o tráfego de veículos pelo local por causa da situação das cabeceiras das pontes. O problema é que as águas de todos os afluentes estão chegando com grande volume, mas o rio Miranda está com velocidade bem maior que os demais.

Divulgação Agesul

Tráfego de veículos pesados na MS-184, conhecida como Estrada Parque, na entrada do Buraco das Piranhas, continua restrito pela Agesul

De acordo com Luiz Mário Anache, diretor executivo da 8ª Residência da Agesul, situada em Corumbá, isso acontece todos os anos, dependendo do ciclo das cheias e da temporada de chuvas. Há possibilidade de fechamento total para tráfego de veículos se a quantidade de água continuar aumentando.

“Isso vai depender muito do volume da cheia do rio Miranda, do Aquidauana, do Negro, do Taquari e lá na frente do rio Paraguai. Se continuar chegando muita água, é provável que cubra todo aquele trecho, aí nós vamos ser obrigados a interditar”, afirmou Luiz Mário. Ele explicou que não há como prever quando isso poderá ocorrer porque o rio Miranda é imprevisível. “O rio Miranda sobe cinco metros hoje, amanhã ele baixa dez”, exemplificou.

Anache afirmou que a Agesul está no local de plantão 24 horas para em caso de problema, o órgão possa agir, a fim de facilitar a vida dos fazendeiros. Ele reiterou que a Polícia Rodoviária Estadual também está de plantão.

O problema no trecho interditado é o tráfego de veículos pesados que prejudica a estrada, criando valas e buracos que podem ocasionar acidentes. “Com a época das cheias, os campos das fazendas ficam cheios e os pecuaristas querem retirar o gado, aí começa a haver muito trânsito de 'caminhão carroceiro' e prejudica a estrada. Se danificar uma ponte de madeira lá naquele trecho, interdita toda a estrada, prejudicando todos os criadores”, explicou Luiz Mário ao Diário Corumbaense.

Trecho da MS-184, onde a água da cheia já cobre parte da pista

“Nós damos manutenção o ano inteiro, em todas as pontes, em todas as estradas, acontece que a água é imprevisível, um dia ela vem com muita água e pouca velocidade; às vezes vem pouca água com muita velocidade e às vezes vem muita água com muita velocidade. Nós estamos de plantão nas cabeceiras para em qualquer ocorrência a gente refazer o serviço para não impedir o tráfego de veículos pequenos”, disse.

Os fazendeiros estão tendo de sair pela MS-228, pelo Distrito de Albuquerque. Luiz Mário contou que há força-tarefa refazendo a cabeceira da ponte do trecho interditado para veículos pesados, porém, há outras pontes com os mesmos problemas. “Estamos de plantão para dar manutenção para não ter que interditar a estrada”, assegurou.

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