Caline Galvão em 27 de Janeiro de 2016
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Lixo, móveis e objetos que podem acumular água são retirados das casas
Em Corumbá há mais de oito mil imóveis fechados, cujos proprietários muitas vezes não moram na cidade e, quando moram, não oferecem meios para os agentes de endemias realizarem averiguação. No bairro Aeroporto há muitos imóveis nessa condição e locais como ferro-velho, onde foram encontradas larvas do mosquito.
“Quando o agente passa na rua e não consegue entrar na casa, o decreto autoriza que esse agente entre no imóvel com ajuda do chaveiro para fazermos a visita e depois confeccionarmos um termo para o morador, que não recusou a entrada, tome as providências. Com recusa por parte do morador, então fazemos o auto de infração”, explicou ao Diário Corumbaense, Grace Bastos, coordenadora de Controle de Vetores e Endemias do município.
Pelo decreto municipal, agentes de endemias não precisam da autorização dos donos para entrarem em imóveis fechados; chaveiro auxilia equipes
Em caso de larvas, o morador recebe de imediato o auto de infração e tem o prazo para recorrer de cinco a quinze dias, dependendo da irregularidade, se for apenas um ou mais focos de mosquito. Se o prazo estipulado não for atendido, será aplicada multa de 700 reais que pode chegar a cinco mil reais, pois se o morador não ajustar sua casa conforme exigência para o combate ao mosquito, a multa vai dobrando de valor até o limite de cinco mil reais. Nos casos de serem detectadas larvas e o dono do imóvel fechado não morar em Corumbá, ele receberá o auto de infração através de Aviso de Recebimento (AR) pelos Correios.
“O índice de infestação no município está muito alto, as notificações aqui no bairro Aeroporto estão muito altas e o proprietário tem que deixar o acesso para o agente de endemias ou fazer contato com o vizinho pedindo para ele pegar o contato do agente ou ele mesmo ligar para o 0800 647 2255 para pedir visita no imóvel. Com esse decreto, nós não precisamos da autorização”, frisou Grace Bastos.
Quando o morador se recusa a receber os agentes, é necessário o auxílio de autoridades policiais ou da guarda municipal para oferecer suporte aos servidores, a fim de que o trabalho seja desenvolvido.
LIRAa
O primeiro Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) realizado em 2016 pela Secretaria de Saúde de Corumbá, entre os dias 04 e 08 de janeiro, registrou 4,99% de infestação do mosquito. O número é quatro vezes maior que o anterior, levantado em novembro, quando registrou 1,2% de infestação. Quando o resultado dá inferior a 1%, o município está em condições satisfatórias, mas de 1% a 3,9% está em situação de alerta. Quando o índice é superior a 4%, há risco de surto de dengue. É a situação que Corumbá vive hoje.
Por bairro, o levantamento apontou o Beira Rio com maior incidência, 28,57%; Aeroporto com 16,92%; Centro América com 8,33%; Guató com 8,05%; Maria Leite com 7,38%, Cristo Redentor com 7,30%, Popular Velha com 6,30%; Dom Bosco com 5,48%, Nova Corumbá com 5,34%; Jardim dos Estados com 4,82%, Universitário com 3,45%, Centro II (da Antônio Maria Coelho até a Albuquerque) com 3,38%; Popular Nova com 1,59%, e Centro I (da Edu Rocha até a Antônio Maria) com 1,08%. Os bairros Nossa Senhora de Fátima, Arthur Marinho, Industrial, Previsul, Generoso, Cervejaria e Guarani não apresentaram focos do mosquito.
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Silvia Leticia Velásquez da silva : Gostaria que viessem aqui na cervejaria, subindo a ladeira q tem em frente à escola tilma Fernandes tem bastante beco com casas e terrenos vazios q estão cheio d Matos e lixo se for atendida desde já agradeço q a situação tá bem precária
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