Campo Grande News em 02 de Setembro de 2015
“Não aceitaremos incitação a violência, seja de qualquer parte. E não toleraremos desrespeito à ordem pública em hipótese alguma. O que eu faço é um apelo pela mediação, com a presença das partes envolvidas, governo estadual e federal, Funai, Advocacia Geral da União (AGU), Ministério Público federal (MPF) e judiciário”, declarou o ministro.
As reuniões para tratar de uma solução para o conflito entre indígenas e produtores rurais tiveram início às 10h30 e seguirão no período da tarde. O governador Reinaldo Azambuja considerou providencial a vinda do ministro e aposta no diálogo para efetivar o fim dos conflitos. "É possível construir uma solução com a presença dos entes presentes, mais Ministério Público e CNJ, já que as questões das demarcações estão judicializadas", destacou.
O procurador da República, Ricardo Pael Ardenghi, disse que a situação em Antônio João desperta apreensão e o clima de paz propagado nas últimas horas não correspondem com a realidade local. "Os fazendeiros estão enclausurados nas sedes das propriedades e os indígenas impedidos de entrar na cidade. Um verdadeiro clima de terrorismo. A instalação de um clima de paz é o primeiro passo para que possamos começar a negociar”, avaliou o procurador.
O conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Emmanoel Campelo, também aposta na mediação como único instrumento capaz de oferecer uma solução definitiva a situação.
A disputa pela posse de propriedades rurais na região de Antônio João culminou semana passada, com a morte do indígena Simião Fernandes Vilhalva. O diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, que participa das reuniões, garantiu que a investigação para apurar a morte do indígena já está em andamento.
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