Campo Grande News em 28 de Agosto de 2015
Em greve há quase três meses, os professores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) seguem a paralisação nacional e continuam sem previsão de retorno aos trabalhos. Há uma semana, o MPF (Ministério Público Federal) ingressou com uma ação na Justiça para garantir a formatura dos estudantes matriculados nos dois últimos períodos. No entanto, o presidente da Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), José Carlos da Silva, ressaltou que não houve um acordo sobre a questão e o juiz acabou não decretando o pedido de liminar por entender que a retomada das aulas para não prejudicar os alunos que estão concluindo cursos, não cabe ao sindicato.
Esta semana, durante reunião da categoria na Capital, os professores criticaram a postura do governo federal de judicializar o movimento na UFMS, através do Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul
“A ação foi devolvida ao MPF, que agora tem dez dias para refazer o pedido de liminar, que ainda será analisado novamente pelo juiz”, explica José Carlos. Na ação contra a Adufms, a procuradoria regional da República alegava que pretendia garantir a conclusão dos cursos aos formandos de 2015, evitando possíveis danos profissionais aos estudantes, já que os alunos correm o risco de não colar grau nem conseguir ingressar no mercado de trabalho ou tomar posse de cargo público.
Além do retorno das aulas essenciais, o MPF também havia pedido que a Adufms mantenha o mínimo de 30% dos professores em exercício e que o Sindicato dos Trabalhadores de Instituições Federais de Ensino do Estado de Mato Grosso do Sul dê prosseguimento às atividades técnico-administrativas imprescindíveis para que as aulas sejam realizadas.
Os professores e os técnicos administrativos da UFMS querem reajuste de 27,3%, porém o governo federal apresentou contraproposta de 21%, parcelada em quatro anos, refutada por todas as categorias de servidores federais em greve. A paralisação,no país, teve início há 85 dias..
Cortes no orçamento da educação e valorização da categoria, além da falta de estrutura dos cursos federais também compõem a pauta de reivindicações. “O governo deveria fechar uma proposta com os sindicatos até dia 31 para não atrasar o envio do projeto de lei do reajuste ao Congresso. Acreditamos que ele não está interessado em negociar e irá atrasar o encaminhamento desse projeto também”, diz José Carlos.
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