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Festival América do Sul Pantanal reuniu mais de 40 mil pessoas em Corumbá

Rosana Nunes em 25 de Agosto de 2015

A 12ª edição do Festival América do Sul Pantanal (FASP), realizada pelo Governo de Mato Grosso do Sul em Corumbá, em parceria com a Prefeitura Municipal e outros parceiros, reuniu um público de 40.513 pessoas.  Ações culturais também foram feitas em Ladário e nas cidades bolivianas de Puerto Suárez e Puerto Quijarro. O total de pessoas estimadas pela organização do FASP levou em conta o público que esteve presente em cada atividade do festival, que além de performances artísticas também contou artes plásticas, fotografia e cinema.

O evento, primeiro realizado pela administração do governador Reinaldo Azambuja, se mostrou “renovado e apostando em uma nova integração sul-americana, que leve em consideração o passado, planeje com responsabilidade o futuro e construa o presente de maneira criativa e democrática”, como bem definiu – no site oficial do FASP – o secretário estadual Athayde Nery, titular da pasta de Cultura, Turismo, Empreendedorismo e Inovação.

Durante três dias, Corumbá foi palco de artistas de vários países, em um encontro raro que misturou a cultura sul-americana em uma programação diversa, com atrações de qualidade nas áreas da música, dança, teatro, literatura, artes plásticas e arte de rua, além da realização de seminários, oficinas, uma infinidade de atrações.

Kleverton Velasques/PMC

No palco da praça Generoso Ponce, aconteceram shows musicais e apresentações culturais

Nesta décima segunda edição, o Festival incorporou ao nome a palavra Pantanal. Iniciativa que trouxe novo impulso e amplitude ao evento. Já na sua denominação fortaleceu o sentido de sua existência e de sua localidade original ao destacar a singularidade dessa região para o Brasil e o mundo.

Tendo como alvo a integração cultural e física do continente sul-americano, a 12ª edição do agora Festival América do Sul Pantanal cumpriu o objetivo ao qual se propôs, que foi reunir os países, permitir que se conhecessem, criassem e fortalecessem relações, ser palco de manifestações artísticas culturais e espaço privilegiado para o pensamento e debate de temas latentes como integração, cultura, turismo, empreendedorismo e inovação.

A maior das novidades foi a maciça participação de nomes do cenário artístico sul-mato-grossense. Nos três dias, o Festival apresentou 399 artistas de Mato Grosso do Sul, desses 298 de Corumbá e Ladário. Entre eles, 10 artistas da Feira Bocaiúva, 20 artistas do Bulixo Cultural, 7 do Espaço da Integração, 35 músicos da Banda Municipal, 33 músicos do Coral Cidade Branca, 15 artistas da Oficina de Dança Pantanal, 22 músicos da Orquestra de Viola Caipira, 20 artesãos com suas exposições e 30 artistas da Mostra Rua. Também se apresentaram 43 artistas de outros estados brasileiros e 28 sul-americanos. Dos 13 países da América do Sul, 9 participaram do FASP. Ao todo foram 108 atrações preparadas por 470 artistas.

Para o governador Reinaldo Azambuja, o principal diferencial do Festival foi justamente a maior valorização dos artistas do Mato Grosso do Sul. "Vale ressaltar o destaque para os artistas da terra, que este ano estiveram em maior número como nunca antes”, afirmou. Com a forte presença dos artistas da casa, uma das metas do próprio governador foi alcançada, que foi a de “mostrar a todos os visitantes o valor da nossa gente sul-mato-grossense. Música, dança, artesanato, teatro, artistas da terra e internacionais juntos, para fazer do Festival América do Sul Pantanal um momento marcante na sua história”, como destacou o site oficial do evento.

Outra inovação foi a realização de um carnaval fora de época na noite de abertura do evento na avenida General Rondon. Juntas, as dez escolas de samba de Corumbá se misturaram a blocos como o Flor de Abacate e o Sandálias de Frei Mariano, além do Carnaval Cultural com a Ala das Pastorinhas e dos Palhaços, abriram de forma apoteótica o FASP. O desfile, iniciado na rua Frei Mariano – como acontece habitualmente durante a Folia de Momo – mostrou um mosaico daquilo que entregou a Corumbá o título de melhor carnaval do Centro-Oeste do Brasil. Também foi novidade a inclusão da Boemia Cultural na programação. A Boemia é uma iniciativa promovida há 15 anos por produtores culturais de Corumbá.

A homenagem a nomes do cenário cultural sul-americano, uma tradição consolidada e consagrada do Festival, se manteve. Foram homenageados o poeta chileno Nicanor Parra, de 101 anos, e o já falecido tocador de blues Renato Fernandes, por propagar o ritmo sul-mato-grossense no cenário nacional. A participação do artista plástico Humberto Espíndola, que este ano completa 50 anos de carreira, foi um dos destaques do FASP. Ele participou com a exposição de seus quadros, que retratam a história da divisão do MT/MS.

Seminários e palestras, que foram destaques nos primeiros anos do Festival, voltaram nesta 12ª edição. Ainda que de forma tímida com a realização do Seminário Internacional de Economia Criativa e Inovação, que discutiu “Economia Criativa e Inovação como Indutores do Desenvolvimento Econômico e Social das Cidades e Comunidades”. Além das Rodas de Conversa com os temas “Geoparques: Empreendedorismo, Turismo e Cultura” e “Cultura e Turismo entre Fronteiras”. Com informações da assessoria do FASP.

 

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