Escola proporciona experiência da realidade virtual a estudantes

A realidade virtual foi tema da experiência tecnológica vivida por estudantes e professores da Escola Estadual Dr. Gabriel Vandoni de Barros na terça-feira (30). O projeto, desenvolvido pelo Ensino Médio, ofereceu cinco realidades virtuais no auditório da escola para que todos os alunos pudessem experimentar a novidade.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Estudantes se surpreendem com a experiência que proporcionou diversas sensações

A experiência consiste no uso de óculos especiais que são usados para observar realidades proporcionadas por aplicativos de smartphones. Os óculos utilizados nessa experiência custam em média entre 120 e 130 reais, no entanto, Marco Antônio Rojas Alves, professor gerenciador de tecnologias e recursos midiáticos (Progetec) da Escola Vandoni,  afirmou que já está disponível na internet uma forma de se fazer os óculos a baixo custo. Feitos com lentes em acrílico e papelão, saem em torno de 20 ou 30 reais. É só encaixar o smartphone nos óculos para viver a realidade virtual.

Para passar pela experiência, o observador deverá adquirir aplicativos de realidade virtual que podem ser baixados gratuitamente pelo play store do celular. Depois de escolher o aplicativo e baixá-lo, é só abri-lo e encaixar o smartphone nos óculos. O observador pode virar a cabeça em todos os ângulos que terá a experiência de estar dentro daquela realidade proporcionada pelo aplicativo. Se for uma montanha russa, por exemplo, você poderá virar a cabeça para a esquerda e observar a paisagem, olhar o trilho e sentir toda a adrenalina de estar, de fato, em uma montanha russa. Da mesma forma, filmes de terror ficam ainda mais aterrorizantes através da realidade virtual, que proporciona visão de 360 graus do ambiente visualizado.

Para o professor Marco Antônio, idealizador do projeto, essa “é uma experiência de imersão e de interação com os aplicativos, principalmente, e o professor pode determinar o objetivo que ele quer alcançar. Por exemplo, verificar a grandeza dos astros celestes, o aluno pode interagir perfeitamente com os óculos”.  É uma tecnologia que pode auxiliar diversas disciplinas e que vai ser interessante não só para a escola, mas para a vida pessoal do estudante, ao assistir um filme, por exemplo. “A tecnologia pode ser usada como terapia, pois você pode entrar em lugares que não tem alcance e a realidade virtual pode proporcionar isso”, afirmou o professor ao Diário Corumbaense.

Os óculos podem ser feitos manualmente com lentes de acrílico e papelão

A realidade virtual é diferente do 3D. “Para quem está sem os óculos, vê duas imagens, mas as lentes de acrílico vão convergir para apenas uma”, explicou. “A diferença do 3D para esses óculos é que no 3D você vê de frente, aqui não, com esses óculos você vê 360 graus. Para onde você enxergar, você estará lá dentro do ambiente”, completou o professor Marco Antônio. “Em Corumbá ainda não tem nenhum trabalho como esse de realidade virtual e aqui para a cidade vai ser muito bom, principalmente porque o pessoal não conhece”, assegurou.

Na Escola Estadual Dr. Gabriel Vandoni de Barros cinco realidade diferentes foram oferecidas aos estudantes. Eles podiam observar o sistema solar, podiam ter todas as sensações de se estar em montanha russa, no fundo do mar, em jardim virtual ou em corrida, proporcionado pelo aplicativo do Mad Race. O projeto fez parceria com a loja de informática Hitech, onde os óculos passarão a ser comercializados. No Mercado Livre, na internet, você também encontra os óculos por 20 ou 30 reais, feito de acrílico.

Coordenadora pedagógica do Ensino Médio, Maria Auxiliadora França Benevides, explicou que todos os anos a escola procura realizar trabalho inovador dentro do uso das tecnologias e este ano está sendo priorizado esse projeto. “Nós entendemos que cada vez que proporcionamos esse tipo de trabalho diferenciado, o nosso aluno se sente motivado. Nossa intenção é motivar os estudantes, é trazer esses alunos para dentro da escola, para gostar da escola porque aqui tem o diferencial.” Ela afirmou que esse projeto será levado para a exposição do município, que acontecerá no segundo semestre. “Esperamos que isso ajude a trazer esses alunos mais para dentro da tecnologia, da escola e da vontade de aprender”, concluiu.

Estudantes vivem a realidade virtual   

No auditório da escola, de luzes apagadas e telas de TV com óculos disponíveis, estudantes faziam filas para viver a experiência. “Gostei da realidade virtual. Achei legal”, afirmou Taiane Castelo, 10 anos, estudante do 6º ano. “Os óculos são muito diferentes da TV porque eles a gente tem como fazer vários tipos de coisas.”

Projeto ofereceu cinco realidades virtuais para os estudantes experimentarem a nova tecnologia

Mayra da Paz Wegrzyn, estudante de 17 anos do 3º Ano do Ensino Médio, afirmou que teve várias percepções. “É outro mundo. A gente pode ter várias sensações, é bem legal, mais legal do que você ver uma TV. A realidade virtual mostra 360 graus, é muito legal, dá várias sensações bem legais.” Quando comparada com a experiência em 3D, a realidade virtual fica bem à frente. “A realidade virtual dá mais sensações, você pode ter mais segurança, pode olhar para tudo quanto é lado que você vai ver, vai estar tudo preenchido, o 3D é só uma imagem de frente”, frisou.

“A realidade virtual é outro mundo. Foi uma experiência muito boa porque a gente ampliou para novos horizontes, não ficou só no 3D ou a informática, só aquilo, a gente foi para a realidade virtual e eu espero que se amplie para o ano que vem”, pediu a estudante Rayssa Noveli, 14 anos, do 1º Ano do Ensino Médio, que disse que “provavelmente” vai adquirir os óculos.

Duas estudantes de 11 anos, que cursam o 6º ano, gostaram muito dos óculos. “É muito diferente porque os óculos passam muita experiência, a TV não”, afirmou Taiane Souza. “Eu estava virando a cabeça e continuava vendo tudo. Gostei muito dos óculos”, contou Larissa Gabriele afirmando que a experiência foi muito diferente e dizendo que desejava adquirir os óculos.