PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Professores fazem carreata e panfletagem no centro de Corumbá

Caline Galvão em 29 de Maio de 2015

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Carreata saiu da sede do Campus do Pantanal e seguiu até o Centro de Corumbá

Os professores da UFMS do Campus do Pantanal aderiram à paralisação da categoria que ocorre nesta sexta-feira em todo o Brasil. Pela manhã, em frente ao prédio do Campus, os docentes se reuniram para carreata. Os professores grevistas da rede estadual de ensino também participaram da paralisação. A carreata foi até à Frei Mariano, onde os docentes seguiram a pé em caminhada, fazendo panfletagem e concentrando-se na Praça da Independência.

Por causa de um compromisso em Campo Grande, a representante sindical da ADUFMS do Campus de Corumbá, Anamaria Santana, não compareceu ao ato. O professor Fabiano Antônio dos Santos representou a categoria. “Temos uma pauta que é nacional e não é só específica aos professores federais, ela diz respeito ao funcionalismo como um todo. Nós temos tentado barrar ou reverter esse processo de sucateamento das universidades e do serviço público. Estamos tentando fazer com que a sociedade enxergue que as políticas de austeridade que o Governo Federal tem tomado nesses últimos anos não vão impactar somente nos professores, mas em toda a sociedade”, explicou Fabiano.

A professora Elisa Freitas, que ministra aulas na Licenciatura em Geografia, expõe a situação atual da UFMS. “Não temos esse ano CNPQ, CAPES para financiar os nossos projetos de pesquisa, o corte de 9 bilhões na Educação prejudica e a gente não tem como dar continuidade às pesquisas, então tudo isso tem um impacto muito grande na Universidade e nos nossos trabalhos. Não é só a questão salarial, é questão de infraestrutura, de verba para pesquisa, restaurante para os alunos, a gente não tem nada disso. Como é que a gente faz um trabalho de qualidade aqui, numa região que precisa porque é fronteira e é um laboratório natural, com esse bioma do Pantanal?”, questionou.

O representante sindical, também afirmou que um dos motivos da paralisação é pelo plano de carreira do docente. “Com relação às nossas reivindicações, nós estamos lutando por uma reestruturação da carreira, que nós tentamos fazer isso desde 2012. Na última greve, que foi a maior das universidades federais na história do País, que, no calar da noite, quase sendo aprovada a lei orçamentária, o que o Governo faz? Senta com o sindicato que representa três universidades, assina uma estruturação da carreira que nos prejudicou profundamente”, destacou ao Diário Corumbaense.

Na rua Frei Mariano, manifestantes fizeram panfletagem

“Nós queremos reconhecimento da sociedade e do Governo Federal sobre a nossa importância. Nós desenvolvemos as pesquisas de ponta nesse País”. “Nossas condições salariais dentro do funcionalismo público federal são as piores”, frisou. “Nós estamos aguardando até dia 10 de junho, quando haverá assembleia de deflagração da greve, aí vamos comunicar à reitoria sobre isso e solicitar cancelamento do calendário”. Os professores aprovaram indicativo de greve a partir do dia 15 de junho.

Taís Mendonça, professora da Licenciatura em Matemática, da UFMS, acredita que a “Pátria Educadora” está de luto. “A sociedade está com uma educação morta e falida. Nós, da Universidade, por exemplo, estamos sem recursos e cada vez menores. Verbas sendo cortadas de projetos que fomentam pesquisas, fomentam a formação continuada desses acadêmicos, então, nós estamos sentindo verdadeiramente que essa Pátria Educadora está morta.”

Estudantes da UFMS também participaram do movimento distribuindo panfletos e apoiando a paralisação. “Os professores pediram nosso apoio nessa panfletagem. Eles revelaram os motivos pelos quais está acontecendo essa greve e não está tendo condições realmente de trabalhar. Foram bilhões e bilhões que tiraram da educação e a situação está precária, não só para eles, mas para a gente também”, afirmou o estudante de Sistemas de Informação, João Gabriel de Arruda Severino.

SIMTED de Corumbá e Ladário na mobilização

Luízio Espinoza, presidente do Sindicato Municipal de Trabalhadores em Educação (SIMTED) de Corumbá, esclarece porque os professores do Estado participaram da paralisação junto aos docentes da Universidade. “Fortalecendo a luta, os professores da Universidade participaram da nossa assembleia e resolvemos, então, juntar forças para que a gente faça uma unificação do movimento com relação à greve”.

Servidores do setor administrativo da rede estadual de ensino também foram representados pelo movimento. “Estamos cobrando o que já foi conquistado há tempos; o momento é de parar, é de exigir respeito e compromisso com nossa categoria”, afirmou Elenir Alves, funcionária do setor administrativo da rede estadual de ensino.

 

PUBLICIDADE