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Acúmulo de vegetação provoca entupimento no canal de captação de água em Corumbá

Caline Galvão em 27 de Maio de 2015

Divulgação/Sanesul

A grande quantidade de vegetação provoca entupimento e dificulta o envio de água para a estação de tratamento

A Sanesul, concessionária do serviço de água e esgoto em Corumbá, está trabalhando constantemente na desobstrução do canal de captação de água da empresa. Isso porque a grande quantidade de vegetação, que naturalmente se desprende das margens do rio (baceiros e camalotes), na época de cheia, está provocando entupimento do canal, dificultando o envio da água até a estação de tratamento. Por causa dessa situação, a distribuição em Corumbá está sendo interrompida sem aviso prévio.

O gerente regional da Sanesul, Sérgio Philbois, afirma que o trabalho manual de retirada da vegetação é realizado durante todo o dia. “Esse trabalho tem que ser feito o tempo todo e é imprevisível porque você limpa e vem outro, limpa e vem outro... Enquanto não diminuir o fluxo e o tamanho dos camalotes, a gente não tem sossego, não tem como parar esse trabalho”, afirmou ao Diário Corumbaense.

Philbois comenta que em 2015, o fluxo de vegetação descendo pelo rio está bem maior que nos anos anteriores. “Está descendo uma quantidade bem acima do que o que acontece todos os anos”, reforçou. A consequência desse fenômeno natural é o entupimento na entrada do abastecimento. “Diminui a quantidade de água que a gente consegue trazer do rio e com isso, naturalmente, diminui o volume de água distribuído para a cidade”, explicou.

O gerente afirmou ainda que a empresa não tem condições de avisar a população sobre a falta de água porque o fenômeno não tem momento certo de acontecer. “Como é uma situação absolutamente imprevisível, a gente não tem como saber se, por exemplo, daqui a cinco minutos pode vir um baceiro grande e interromper, parar uma bomba. Na manhã de terça-feira, por exemplo, estava totalmente entupida a entrada de uma das bombas por causa da vegetação”, comentou.

Sérgio Philbois explicou que a empresa trabalha com duas bombas funcionando simultaneamente, mas conta com três montadas. Na terça-feira (26), quando uma bomba parou de funcionar por causa do entupimento provocado pela vegetação, a Sanesul parou de trabalhar com ela e acionou outra bomba para minimizar o problema. “A bomba fica dentro do pilar, lá embaixo, no fundo do rio. O tubo, onde a bomba estava, chegou a secar porque não entrava água para manter o fluxo do funcionamento normal da bomba”, contou.

Há aproximadamente cinco anos, a Sanesul instalou um sistema dentro do rio para evitar a entrada da vegetação. “É uma proteção para fazer com que o camalote passe e saia, e a entrada de água fique por trás, diminuindo a incidência de entupimento e, mesmo com esse sistema instalado, nós ainda estamos tendo um problema sério”, comentou o gerente regional da Sanesul. “Tem uma tela e tem um desviador e, mesmo com esse desviador instalado, nós estamos tendo problema desta vez, coisa que não acontecia há muitos anos”, completou.

Ele ressaltou que a população precisa entender que esse é um processo natural que acontece todos os anos no período da cheia e, por isso, há falta de abastecimento momentâneo na cidade. “É um fenômeno natural da época de cheia do rio, quando a vegetação se desprende das margens, vem e se prende no processo da captação de água, diminuindo a força das bombas, o que provoca dificuldade de sucção, de envio da água do rio para o tratamento.”

Normalmente, a estação de tratamento de água produz cerca de 1,6 milhão de litros de água por hora e já são 35 mil ligações realizadas pela Sanesul em toda a cidade. Sérgio Philbois afirmou que a empresa tem uma capacidade grande nos reservatórios e que trabalha para que eles nunca sequem. “A gente fica lutando o tempo todo para não deixar esvaziar o reservatório. Em alguns momentos, até mesmo na região próxima à Sanesul, que é abastecida pelo reservatório que fica na sede da empresa, esse é o reservatório que primeiro sente por conta da condição operacional do sistema. É uma situação de condição de distribuição. O que a gente procura é evitar o máximo que o reservatório fique vazio, e quando isso acontece, a gente procura o mais rápido possível recuperar para evitar o transtorno da falta d’água”, concluiu.

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