Campo Grande News em 22 de Maio de 2015
Fernando Antunes/Campo Grande News
Em assembleia, professores ratificaram proposta de greve a partir de quarta-feira
A proposta do Governo era postergar a integralização do piso nacional de 40 para 20 horas de 2018 para 2022. A medida exige mudança na lei aprovada em 2013, penúltimo ano da gestão de André Puccinelli(PMDB).
Os professores realizaram assembleias nos municípios e 90% das cidades rejeitaram a proposta. Cerca de 450 delegados participaram da reunião desta sexta e ratificaram a paralisação a partir de quarta-feira. Eles também não aceitaram a proposta de reajuste de 4,37% em outubro deste ano e o repasse do reajuste nacional do piso em janeiro de 2016.
Segundo a secretária geral da Fetems, Deumeires de Moraes, a decisão é a mais acertada neste momento. “A contra proposta (do Governo) é ruim para a categoria”, enfatizou. Ela destacou que os professores fizeram acordo com o Governo do Estado e não com o ocupante da Governadoria, em alusão ao acordo ter sido fechado por Puccinelli e ter de ser cumprido por Azambuja.
Outro ponto rejeitado foi a manutenção da data-base dos servidores administrativos em maio. Eles tiveram aumento dos salários em dezembro do ano passado e teriam reajuste zero neste mês. Neste caso, a categoria ficaria sem correção nos salários por 16 meses.
A proposta do Governo era elevar o salário para 73,79% do piso em outubro deste ano. Pela proposta, nos próximos sete anos, os salários teriam correção de 3,74% em outubro de cada ano. Com a decisão, a greve pode deixar 270 mil estudantes sem aulas nas escolas públicas estaduais a partir de quarta-feira.
O governador Reinaldo Azambuja afirmou, de manhã, que espera responsabilidade dos servidores públicos. Ele destacou que o Governo não dispõe de recursos para conceder reajuste salarial neste ano.
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