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Mãe denuncia briga dentro de escola estadual e cobra medidas de segurança

Camila Cavalcante em 20 de Maio de 2015

O Diário Corumbaense recebeu, via WhatsApp (9971-1209), vídeos que mostram uma briga entre duas adolescentes na Escola Estadual Dom Bosco. As imagens teriam sido gravadas no dia 12 de maio deste ano. A denúncia foi feita por uma leitora, após ouvir relatos da filha que estuda no colégio, e obter os vídeos por conhecidos. As filmagens por telefone celular, mostram algumas adolescentes em situações de agressões físicas e verbais. Em um dos trechos, uma das envolvidas diz: “quero ver morte”, o que causou medo em alunos e demais pais que souberam do fato.

“Na terça-feira, 12, minha filha chegou em casa falando de uma briga. Eu não dei muita importância, mas depois ela me falou em detalhes, conversei com outros pais e  fiquei preocupada. Pedi para uma conhecida que tinha o vídeo me enviar, pois eu queria ver o que estava acontecendo. Fiquei chocada ao saber que a briga foi dentro da escola. Apesar de ser em horário de saída, as agressões começaram dentro da escola, no corredor que dá acesso ao portão principal, e depois prosseguiu fora do colégio”, contou a leitora, cuja identidade o Diário irá preservar.

“A briga só foi interrompida. O correto seria segurar todos os envolvidos, no caso as meninas, chamar os pais de cada uma e tomar atitude mediante todas elas. Minha filha disse que apenas uma menina foi expulsa da escola, as demais nada sofreram. Discordo dessa atitude, pois no vídeo vemos as meninas em agressões verbais, falando palavrões, encorajando as meninas a brigarem. Todas deveriam ser punidas, pois isso pode se repetir a qualquer momento”, completou.

Reprodução

Briga começou ainda no interior da escola

A reportagem recebeu várias imagens da mesma briga, de ângulos diferentes. Neles, aparece uma adolescente tentando ir embora e sendo perseguida por um grupo que a ofendia com palavras de baixo calão, além de uma adolescente que se preparava para agredi-la. Frases como “quero ver sangue” e “hoje quero ver morte”, eram proferidas por uma adolescente que filmou toda a ação. Nota-se que as meninas desceram do andar onde estudam, já ameaçando a garota, percorreram o corredor interno da escola e, no corredor de saída, a briga acontece com tapas, chutes, porradas e puxões de cabelo, até que é interrompida por um funcionário.

Depois as meninas seguem para a parte de fora da escola e, segundo relatos, a briga prosseguiu. O vídeo recebido pelo Diário mostra apenas o confronto no interior da escola.

“Minha filha tem 14 anos e estuda lá há algum tempo. Fico com medo de que batam nela, de que um grupo de alunas se junte e a agridam, como ocorreu no vídeo. Temo, pois vi que na escola não tiveram a preocupação de ver quem eram as envolvidas, de dar punição a todas e não tiveram a preocupação de identificar e de acabar com a briga de uma vez, apenas transferiram o problema para fora da escola. Ninguém quer ver seu filho apanhando”, frisou a leitora.

A denunciante afirma também que a escola deve se posicionar diante dos fatos e realizar trabalho de prevenção a agressões e ofensas diversas, como sempre foi realizado pela instituição Dom Bosco, uma das maiores e mais bem conceituadas escolas da cidade.

“Minha filha me contou que lá fora, uma menina apedrejou a outra e a briga continuou. Creio que a escola deveria identificar todos os envolvidos, chamar os pais. Essa não é a primeira briga que ocorreu envolvendo alunos do Dom Bosco. Fui aluna da escola e sei que não é essa filosofia que ensinam. A direção deve tomar uma posição, queremos ter uma resposta, pois, e se um dia uma dessas meninas leva uma faca? A moda agora é bater em menina porque é bonita. A minha filha tem suas qualidades e vai que uma menina implica com ela e a agride? Não tivemos até o momento nenhuma reunião de pais para esclarecer a situação e nos apresentar os trabalhos que estão sendo realizados, pois queremos ter segurança ao mandar nossos filhos para a escola”, concluiu a mãe.

A direção da escola

A diretora da Escola Estadual Dom Bosco, Maria Clarice Servion, foi procurada pela equipe do Diário Corumbaense e afirmou que as medidas diante desta briga, que ela afirma ser a única ocorrida em 2015, já foram tomadas e que a instituição está realizando um trabalho de conscientização com as meninas envolvidas no caso.

“Em relação a essa briga, um dos pais veio até a escola, e como eles moram distantes, pediu a transferência. Já as demais meninas envolvidas estão participando de um trabalho dentro da unidade escolar, em virtude dessa situação, para que reflitam sobre o que fizeram”, explicou a diretora ao negar que uma aluna teria sido expulsa.

Para enfatizar a filosofia da escola, haverá neste sábado, 23, uma aula de cidadania, planejada pelos próprios estudantes. “No período matutino a escola tem um total de mil e cem alunos e toda e qualquer situação envolvendo os estudantes, chamamos os pais para que tenham ciência da situação. Esse caso que ocorreu foi o primeiro de 2015 e temos praticamente quatro meses de aulas letivas. Nesse final de semana realizaremos uma aula de cidadania e aos pais que aqui vierem, haverá também a entrega de boletins. Queremos mostrar que o foco de nossa unidade escolar é a aprendizagem e ressaltamos que os pais devem procurar a unidade escolar para qualquer situação e conversa. A aula será neste sábado, 23, às 10 horas da manhã”, concluiu Maria Clarice.

Veja algumas imagens enviadas ao Diário.

Comentários:

Caroline Maciel: Estudei a vida toda no Dom Bosco. E quando aconteciam as brigas as os pais eram chamados e o aluno era suspenso. Mas hoje tudo mudou. Os pais não tem mais controle sobre os filhos e a escola não pode mais suspender pq constrange o aluno.

Maria Estella Kerr de Souza: Fico triste ao deparar com essa situação, a melhor medida a ser tomada é chamar os responsáveis, fazer palestras, conscientizando que o melhor lugar para ficar é na escola e juntamente com o apoio da família, ensinar os valores a todas as séries e o amor de Deus. Enfatizar o que é o amor. Sei que esta muito difícil lidar com os jovens, mas temos que buscar estratégias para lidar com determinadas situações . Vamos seguir queridos gestores o exemplo do Padre Ernesto, chama a comunidade para participar, expõe o que está acontecendo, o que pode ser melhorado com a ajuda da comunidade, não deixe o sonho morrer, faça parcerias com entidades, órgãos que estão acostumados a lidar com situações como essa, precisamos resgatar os nossos jovens. Grande profissionais passaram pela Escola Dom Bosco.

silvia costa: A culpa seria da escola? Dos diretores, professores? Coordenadores? Talvez a merendeira? Mais uma vez a culpa está na escola!!!! Onde estão os pais, que são os responsáveis pela educação dos filhos, e deixam seus filhos para serem educados na escola? O padre faz falta, porém não era ele que estava dentro da sala de aula com os alunos. Me desculpem os pais, que sempre culpam a escola, eduquem seus filhos, ensinem a eles o respeito ao próximo.

LUCIANNE NASCIMENTO: É triste!!! infelizmente a real situação dos jovens do século XXl, era da tecnologia e da liberdade. Tenho uma filha de 11 anos e estuda em escola municipal. Contudo, a educação, o caráter que está formando a minha filha vem de casa. Até que ponto a família dessas jovens tem o controle das coisas? será que cabe somente a escola fazer alguma coisa? GAROTAS MAL EDUCADAS, com o coração cheio de sentimentos ruins. A bíblia nos ensina que devemos amar ao próximo como a ti mesmo.

EVERLY PEREIRA: Nossa, como é triste como ex-aluna ver isso acontecendo numa escola tão bem conceituada e que levava educação e respeito ao próximo a sério ha algum tempo. Os jovens estão perdendo a noção de limites e empatia, consideração e amor ao outro, isso era essencialmente pregado a nós, uma pena! Não pode ficar impune!

FERNANDO NETO: Lamentável! INTEIRA Responsabilidade dos pais que não acompanham os filhos, não colocam limites, não ensinam que se deve amar ao próximo como a si mesmo. "Se não educar com amor é certo que irão corrigir pela dor". Falta respeito ao próximo, amor ao próximo, na verdade falta Deus na vida dessas pessoas. Os tempos nunca serão os mesmos, no mínimo em minha época seriam punidos pelos pais e pela direção da escola. Lamentável onde vamos parar!

rejani rilke : QUANDO EU ERA ADOLESCENTE;LA PELOS IDOS DE81;82;NA ESCOLA A GENTE SE PREOCUPAVA MAIS EM NAO ENCONTRAR A LOIRA DO BANHEIRO;QUE EM BRIGAR;QUANDO O TEMPO ESTAVA CHUVOSO E FRIO ENTAO..ERA UM MEDO ..NINGUEM BRIGAVA;A GENTE SE REUNIA PARA IR EM FESTINHAS QUE ROLAVAM COM PIZZA DE SARDINHA;SALTENHA;GUARANA TAI;CRUSH...ENFIM..VELHOS TEMPOS PASSADOS;FICO TRISTE COM ESSA JUVENTUDE;MENINAS;MENINOS;SEJAM EDUCADOS;BONS;UM DIA VCS QUE BRIGAM TERAO VERGONHA.AINDA HA TEMPO PARA A PAZ.

Izabel de Souza: Estudei desde a quinta série até o ensino médio nessa escola, terminei meu ensino médio em 1998 minha filha estuda nessa escola desde o pré agora está no nono ano, não culpo a escola pelo acontecido. Se pais e responsáveis dessem mais atenção aos filhos ao inves de bens materiais acho que não teria tanta violência. O ECA também precisa ser revisado.