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Com alta nos preços, pesquisa é palavra de ordem para consumidores de Corumbá

Camila Cavalcante em 23 de Abril de 2015

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Pesquisa de preços é o melhor caminho para quem precisa equilibrar o orçamento mensal

Os preços de produtos alimentícios têm variado nos últimos dias em decorrência da situação econômica do País que não tem sido favorável. Isso reflete principalmente nas compras de produtos básicos do consumidor. Um dos maiores supermercados da cidade apontou que em 2015 ocorreram algumas transições significativas de preços dos itens essenciais da cesta básica, como o arroz e o óleo. “Estamos no mês de abril e muitos produtos já transitaram entre aumento e queda. Para equilibrar esse fator buscamos alternativas que agradem ao consumidor e estejam dentro dos planos orçamentários da empresa”, afirmou Adelcio Daniel, gerente corporativo.

“A carne é um dos produtos que tiveram aumento significativo entre os itens básicos, que foi de 2,6%. Os produtos de agropecuária atingiram a marca de 5,6%. Esse aumento para os consumidores é alto, logo eles acabam adotando diversas alternativas para driblar o aumento dos preços”, completou.

O gerente informou que o açúcar também está em elevação, pois acompanha a alta da gasolina e do etanol. “Esse é, de certa forma, um aumento esperado. O óleo também começou a ater elevação e a expectativa é que ela se mantenha. Os consumidores estão aprendendo a economizar. Eles utilizam táticas de trocar de marcas, substituir uma fruta que está em alta por outra que está em queda. Muitas vezes, até deixa de consumir um produto e adota outro”, concluiu Adelcio.

Substituição de produtos

Percorrendo o supermercado foi possível verificar que primeiro os consumidores pesquisam antes de comprar. “Sou assalariado e o orçamento de minha compra mensal é de R$ 400. Eu e minha esposa fazemos as compras de uma só vez. Não gostamos de comprar ‘picado’, pois acredito que isso não funciona e faz com que os gastos sejam maiores. Gastamos cerca de R$ 280 em produtos básicos como arroz, feijão, macarrão, ovos e leite, e cerca de R$ 120 em carnes. Hoje, já notamos que o arroz está mais caro”, afirmou Flávio Carmona, de 28 anos.

“Em março fizemos a compra do mês em outro supermercado e agora, mudamos de local de compra porque no antigo, que era mais próximo de casa, não encontramos muitas variedades em produtos. Aqui encontramos de cara a elevação de um dos principais produtos que compramos, que é o arroz. Um arroz de primeira no mês passado pagamos R$ 10. Nesse mês, o mesmo produto está custando R$ 12. A solução será comprarmos um produto de outra marca, que custa R$ 8,25.  O óleo também aumentou de preço, vi que aumentou R$ 0,50. E este item não encontrei outra alternativa. Todas as marcas que estão em venda estão no mesmo valor. Ou seja, nesse produto não há opção, vou ter que levá-lo”, lamentou a dona de casa Nádia Regina Alves, de 29 anos.

Elizabeth aposta na compra de produtos sazonais para manter o orçamento dentro do planejado

Frutas, verduras e legumes

O setor de verdes do supermercado depende muito mais da “mãe natureza” que do momento econômico. Se o clima no Brasil é propício aos cultivos, o consumir irá encontrar produtos com bons preços. Se o país enfrenta adversidades, como seca, chuva intensa e frio intenso, os preços têm tendência de aumento.

A guarda municipal Elizabeth Helena Estevam, de 37 anos, afirma que conhece bem essa rotatividade dos preços e que as compras de frutas, verduras e legumes variam de acordo com a época.

“Quando venho na área de verduras e frutas, primeiro olho os preços e depois planejo o que vou levar, pois os valores variam muito, de acordo com o clima em que estamos. Aquela época que chegamos a pagar R$ 8 no quilo do tomate, eu não levei o produto para casa. Hoje mesmo já vi que a batata subiu alguns centavos, mas está dentro do planejamento e irei levar. Se a elevação fosse alta eu não levaria. E assim vou indo. Vou modificando saladas, comprando frutas mais acessíveis. O importante é não ficar sem os produtos verdes em casa. Para ter as verduras, os legumes e as frutas, tenho que pesquisar”, concluiu.

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