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Centro de Atenção Infanto Juvenil de Corumbá é reestruturado para acolher pacientes

Da Redação em 18 de Abril de 2015

A Prefeitura de Corumbá ampliou a atuação do Centro de Atenção Psicossocial Infanto Juvenil (CAPSi), visando o atendimento exclusivo de crianças e adolescentes dependentes de drogas ou que sofrem de transtornos mentais graves. Desde o final do ano passado, o Centro de Atenção está funcionando em novo endereço, englobando inclusive os serviços que eram desenvolvidos dentro do Projeto Habilitar.

O primeiro passo foi a reestruturação física do CAPSi, com aquisição de equipamentos e um novo espaço necessário para seu funcionamento. A equipe de atendimento é composta por psicólogos, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, assistente social e auxiliar de enfermagem.

De acordo com a coordenadora Fabiane Ohara, o Centro de Atenção acolhe hoje 28 pacientes que recebem atendimento em períodos intercalados com o horário escolar. Lembra que desde o ano passado, o Centro de Atenção englobou o Projeto Habilitar, ampliando o leque de atuação.

Kleverton Velasques/PMC

Hoje, 28 crianças e adolescentes são atendidos no Centro de Atenção (

“O CAPSi atende crianças e adolescentes com até 17 anos, que chegam aqui acompanhados dos pais e encaminhados pela escola, unidade de saúde, pelo Conselho Tutelar, ou por vontade dos próprios responsáveis que, na maioria das vezes, perdem o controle da situação”, explica Fabiane. “Quando eles chegam aqui, passam pelo acolhimento, que é feito por uma pediatra, para análise sintomática do paciente, para saber se há necessidade de encaminhamento para um médico, psicólogo ou a outro local correto para tratamento”, continuou.

A coordenadora ressalta que no CAPSi, o atendimento não se resume apenas às crianças. “Também realizamos reuniões familiares. Isso é necessário porque a família também precisa do suporte. Além disso, os pais participam de reuniões em instituições como grupos de apoio“, observou.

Reformulação para habilitação

Na cidade, o CAPSi iniciou seus serviços quatro anos atrás e é considerado extremamente importante para o fortalecimento da rede integrada em saúde mental. Em 2014, passou por uma reformulação visando habilitação junto ao Ministério da Saúde e à Secretaria Estadual de Saúde.

Até então, além do CAPSi, o Município desenvolvia também um outro programa para atender crianças e adolescentes. Era o Projeto Habilitar que, por orientação da equipe técnica da Secretaria de Saúde do Estado, passou a integrar a estrutura de Centro de Atenção, seguindo o que determina o Código Internacional de Doenças (CID).

Para que isto ocorresse, foi necessário ampliar a estrutura e, hoje, o CAPSi está atendendo em um novo endereço, na rua Cuiabá 1.921, centro. O funcionamento é das 07 às 11 horas e das 13 às 17 horas, de segunda a sexta-feira.

Em atendimento há aproximadamente um ano e meio, J.M. de 09 anos, melhorou a sua atenção e a pronúncia das palavras. Agora ela já até gosta de estar no local, “Gosto muito de vir aqui. Já consigo me concentrar mais na escola, isso graças ao atendimento que tenho aqui”, explicou.

Uma das responsáveis pelo primeiro atendimento é a pediatra Patrícia Bedotti Peres. É ela quem avalia o caso a ser tratado. “O acolhimento é muito importante. Nesse primeiro contato avalio se é um caso psiquiátrico, neuro ou comportamental, para saber se deve ser atendido aqui ou é apenas um problema ambulatorial”, frisou.

E o serviço tem sido procurado pelos responsáveis. É o caso de Silvana Jéssica Mendes Nunes, que levou seu filho de 04 anos. “Recebi um encaminhamento da escola para tratar o meu filho que é hiperativo. Gostei muito do atendimento e não sabia que tinha um local como esse, com um ambiente tranquilo e bem preparado. Agora é só fazer o que a doutora falou para começar o tratamento do meu filho”, afirmou.

Ao mesmo tempo em que atende crianças e adolescentes, o Município trabalha para fortalecer cada vez mais a rede. Com apoio de parceiros, o CAPSi recebeu dias atrás, um veículo para transporte de pacientes e da própria equipe. O automóvel foi uma doação da mineradora Vale para o Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) e repassado para a Prefeitura, que destinou à Secretaria de Saúde. Com informações da assessoria de comunicação da PMC.