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Ladário abre Semana da Educação Inclusiva com caminhada

Camila Cavalcante em 14 de Abril de 2015

Cartazes nas mãos, balões, panfletos e sorriso no rosto. Assim dezenas de crianças participaram da caminhada pela Educação Inclusiva em Ladário, na manhã desta terça-feira (14). Elas percorreram a Avenida 14 de Março, mostrando que é necessária a inclusão de todos na sociedade e o primeiro passo, depois da própria casa, é a escola.

“A Prefeitura de Ladário planejou uma semana para destacar a inclusão social. Uma dessas atividades é a caminhada, onde as crianças das redes municipal e estadual de ensino pedem respeito pela limitação do próximo e lembram da necessidade da educação inclusiva”, frisou Marcelo Rondon, gerente de Políticas Educacionais da Secretaria de Educação. 

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Alunos de Ladário participaram de caminhada pela inclusão

Atualmente, segundo informações da pasta, Ladário atende 54 alunos deficientes na rede municipal de ensino. Somando-se aos alunos assistidos pela rede estadual, são cerca de 70 estudantes. “A Prefeitura dispõe de salas de recursos multifuncionais, onde temos professores capacitados para atender esses alunos em contra turno, trabalhando suas necessidades de maneira específica. Além disso, em casos necessários, há um professor disponibilizado para o acompanhamento desse aluno dentro de sala de aula, dando suporte aos demais professores. É importante ressaltarmos que nossos alunos deficientes são atendidos através de uma parceria com Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais)”, completou Marcelo Rondon.  

Cerca de 200 alunos fizeram parte da caminhada que abriu as celebrações da Semana Inclusiva no município. Alunos de séries iniciais até o ensino médio participaram. Isabelly Barboza, de 09 anos, da Escola Municipal Marques de Tamandaré, contou ao Diário Corumbaense que desde o ano passado está aprendendo libras, porque  um de seus amigos é surdo. “Quando meu amigo entrou na escola, só falávamos com ele através de gestos e era complicado, porque muitas vezes ele não nos entendia, ou tínhamos que desenhar no papel. Minha avó tem curso de libras e me ensinou. Eu ensino aos meus amigos e hoje conseguimos nos comunicar melhor”, afirmou a estudante.

Eneida Frazão, é mãe do Gabriel, de 07 anos, que tem paralisia cerebral e está cursando o 2º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Eduardo Malhado. “O Gabriel é uma criança ativa, apesar de suas limitações. Estamos em Ladário há dois anos e decidi colocá-lo para estudar na rede municipal porque acredito no papel de inclusão e vivencio com ele isso. Por dois anos ele também estudou em rede pública no Rio de Janeiro. Meu filho é bem acolhido, desempenha as mesmas atividades que as outras crianças, claro que em seu ritmo, mas estamos satisfeitos com o ensino oferecido à ele”, afirmou a mãe. 

Eneida e o filho Gabriel, celebrando a data que busca igualdade de direitos

Carinho e dedicação

Para a pedagoga Juliene Barbosa de Camargo, trabalhar pela primeira vez com a inclusão é algo que está sendo animador. “É a primeira vez que trabalho com uma turma que tem um portador de deficiência e não há nenhuma diferença. Tenho uma auxiliar que me ajuda em diversas situações, não apenas com ele, mas acaba me ajudando com todos. A educação inclusiva deve começar primeiro em casa, onde os pais ensinam o respeito, depois trabalhamos o concreto, na escola. Minha turma acolhe com muito carinho e dedicação o aluno que tem a deficiência, ele é um tesouro, é uma alegria tê-lo em sala, ele nos dá estímulo todos os dias”, afirmou a professora.

De 14 a 17 de abril, haverá uma extensa programação de atividades voltadas para a  inclusão escolar e social, a partir do respeito às diferenças e igualdade de direitos. Estão programados curso de libras, Seminário Educacional, Oficinas e os Jogos Paradesportivos.

O Dia Nacional de Luta pela Educação Inclusiva foi instituído no dia 14 de abril, de 2004, pelo Sistema dos Conselhos de Psicologia, com a finalidade de mobilizar os psicólogos para a política que vem sendo construída nos últimos anos em prol da inclusão de pessoas que, historicamente, são excluídas do processo educacional.

Galeria: Caminhada pela Inclusão social Ladário - 2015

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