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Morte de policial militar teve envolvimento de seis pessoas, diz delegado

Rosana Nunes e Daniela Ramos em 03 de Março de 2015

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Delegado titular do 1º Distrito Policial, Pablo Gabriel, comanda as investigações

Quatro homens presos, um morto e um foragido, além de dois carros, duas armas (calibre 38 e 9 milímetros) e meio quilo de maconha apreendidos. Este é o resultado das investigações realizadas pela Polícia Civil na segunda-feira (02), após o assassinato do soldado da Polícia Militar, João Márcio Leite da Cruz, de 34 anos.

Ele foi morto na madrugada de segunda na avenida 14 de Março, em Ladário, em frente a uma casa de pagode. Os bombeiros e o Samu foram acionados por volta da 01h30, mas ao chegarem no local, o soldado já estava morto. João Márcio levou três tiros: um no peito, um na perna e outro na região do abdômen e foi encontrado caído em cima da moto dele.

Ali mesmo nas proximidades, a equipe plantonista foi avisada que um homem estava baleado. Era Jonilson Silva da Cruz, de 33 anos, que atirou no policial e também foi ferido pelo PM no confronto. Ele foi levado ao pronto-socorro de Corumbá, onde momentos depois foi morto pelo soldado Edevaldo Aleixo Marques Fontes, de 38 anos, também policial militar e amigo de infância de João Márcio.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Veículos apreendidos estavam em poder de acusados de envolvimento na morte de PM

O comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Wilson Velasques, informou a este Diário que o soldado Fontes, foi até o pronto-socorro em busca de informações sobre o policial baleado. Ao passar próximo à sala de procedimentos onde Jonilson estava, teria ouvido dele: "um policial a menos". O PM reagiu à provocação, sacou a arma e fez dois disparos contra Jonilson, que morreu no local.

Reprodução/Facebook

Corpo do soldado João Márcio vai ser sepultado na manhã desta terça-feira

O soldado Fontes se apresentou ao Comando da PM e está preso. O comandante Velasques informou que os dois policiais militares estavam de folga. João Márcio estava na corporação desde 2008, era casado e tinha dois filhos. Um inquérito policial militar foi instaurado para apurar o caso.

As investigações da Polícia Civil

O delegado titular do 1º Distrito Policial, Pablo Gabriel Farias da Silva, passou o dia interrogando testemunhas e ouviu várias versões para o crime. “Ainda não esclarecemos o motivo, mas já descartamos a hipótese de que teria sido motivado por uma discussão em outro pagode. A vítima não estava trabalhando (fazendo bico) como foi informado, ele apenas esteve presente nos locais citados e seguiu para Ladário, onde chegou e cumprimentou os outros motoqueiros que estavam no local. Ele não desceu da  moto, nisso chegou o Jonilson em um Ford Ka, já atirando em João Márcio, que reagiu. Houve uma troca de tiros entre autor e vítima; o Jonilson se escondeu atrás do carro e posteriormente fugiu em direção a rua Riachuelo, onde foi socorrido e levado para o pronto-socorro”, explicou ao Diário Corumbaense.

Reprodução

Jonilson Silva da Cruz tinha várias passagens policiais

Jonilson Silva da Cruz tinha passagem policial por tentativa de homicídio, perturbação, vias de fato, furto, estelionato, lesão corporal dolosa, ameaça e já esteve preso. Os registros ocorreram em Campo Grande e Corumbá.

“Além dele, mais cinco pessoas participaram do crime, destas, quatro estão presas e vamos continuar as investigações para localizar o indivíduo que está foragido”,  disse  o delegado ao ressaltar que tem prazo de dez dias para concluir o inquérito.  

Ainda segundo Pablo Farias, além do Ford Ka, um Gol foi apreendido e estaria dando cobertura a Jonilson no momento da morte do policial militar. Dentro do veículo, foram encontradas roupas dos acusados de envolvimento no homicídio. A Polícia Civil segue buscando esclarecer o motivo do crime e qual foi a participação dos acusados.