Reajuste vale a partir desta segunda-feira
Campo Grande News em 02 de Março de 2015
A partir desta segunda-feira (02) o consumidor sul-mato-grossense vai pagar mais caro pela energia elétrica. O reajuste de 27,9%, em média, foi aprovado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na última quinta-feira (27). Para o setor de indústrias, a variação média é ainda maior: 31,27%.
O aumento passa a valer devido a um processo comum de revisão e atualização de tarifas, a RTE (Revisão Tarifária Extraordinária). A ideia é considerar o novo patamar de custos das distribuidoras e equalizar gastos e recebimentos. Em outras palavras, a ação evita prejuízos às receitas das empresas de energia por meio de repasse de gastos ao consumidor. Em abril, haverá ainda aumento anual definido pelas distribuidoras.
Segundo a Energisa, concessionária de energia responsável pela maior parte da distribuição em Mato Grosso do Sul, a não revisão desses valores gera risco de inadimplência generalizada no setor, com consequências extremamente graves para todo o sistema e impactos para a manutenção dos investimentos e qualidade do serviço prestado.
Além disso, a revisão tarifária extraordinária foi necessária devido ao cenário crítico vivido pelo setor elétrico nos últimos dois anos. A crise hídrica tem levado o governo a recorrer às usinas térmicas para complementar o fornecimento de energia elétrica. O problema é que as termelétricas são fonte mais cara de energia do que as hidrelétricas. Por isso, o preço médio da energia tem encarecido.
Prejuízo
Entretanto, para o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Sérgio Longen, o aumento na conta de luz, do consumidor doméstico e das indústrias, é uma medida recessiva e abusiva.
“O Governo Federal sinaliza que fará cortes nas despesas, mas opta pela elevação de impostos dia após dia. O discurso de ajuste fiscal não é nada mais do que um engodo para praticar o aumento de taxas e tarifas e, dessa forma, cobrir os gastos públicos. O governo da presidente Dilma está na contramão dos países desenvolvidos”, criticou Longen.
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