Da Redação em 31 de Dezembro de 2014
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Prainha do Porto Geral recebeu centenas de pessoas
Não houve a lavagem das escadarias da Matriz Nossa Senhora da Candelária, o que fez com que o evento começasse mais cedo. Barquinhos com perfumes, espelhos, batons e diversos presentes que realçam a vaidade feminina foram oferecidos e lançados ao rio. “Estamos louvando e pedindo mais felicidade, que as dificuldades vão embora com as águas e surjam novas coisas, novas esperanças, novas perspectivas, nova vontade de viver”, falou o pai de santo Paulo César de Ogum, da tenda de Umbanda Ogum Itaquera.
Uma grande fila foi formada por pessoas que queriam tomar “passe” no intuito de receber energias positivas para o ano novo. “Aqui estão os mentores espirituais, então, as pessoas que se sentem oprimidas, magoadas, contrariadas, tomam o passe e aquela energia ruim acaba indo embora e a pessoa se contagia pela força de todo o povo d’água e acaba se sentindo bem também”, explicou Paulo César.
Barquinhos foram lançados ao rio com oferendas a Iemanjá
Lorice Cáfaro Rondon, de 53 anos, foi acompanhar a manifestação cultural pela primeira vez. “Vim pedir por saúde, porque estou precisando muito”, falou.
A margem do rio Paraguai foi iluminada pelas velas acesas à divindade. Caboclos, pretos velhos e orixás das inúmeras tendas de Umbanda e Candomblé se uniram para homenagear a "mãe de todos os orixás" entoando cânticos em idiomas africanos, ao som dos atabaques, para prestar homenagens e fazer oferendas à divindade das águas.
Iemanjá
O nome Iemanjá significa a mãe dos filhos-peixe. Filha de Olokum, Iemanjá foi casada com Oduduá, com quem teve dez filhos orixás. Por amamentá-los, seus seios ficaram enormes. Infeliz com o casamento e cansada de morar na cidade de Ifé, um dia ela saiu em rumo ao oeste e conheceu o rei Okerê, por quem se apaixonou. Envergonhada de seus seios, Iemanjá pediu ao novo esposo que nunca a ridicularizasse por isso. Ele concordou. Porém, um dia, embriagou-se e começou a ofender a esposa. Entristecida, Iemanjá fugiu.
Desde menina, ela carregava um pote com uma poção que o pai lhe dera para casos de perigo. Durante a fuga, Iemanjá caiu quebrando o pote e a poção a transformou num rio cujo leito seguia em direção ao mar. Okerê, que não queria perder a esposa, transformou-se numa montanha para barrar o curso das águas. Iemanjá pediu ajuda ao filho Xangô e este, com um raio, partiu a montanha no meio. O rio seguiu para o oceano e, dessa forma, a orixá tornou-se a rainha do mar. Com informações do site M de Mulher.
Integrantes de Umbanda e Candomblé garantem manifestação religiosa a cada ano
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