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Juiz de Corumbá busca apoio à causa da infância por meio do projeto Padrinho

Da Redação em 21 de Novembro de 2014

Divulgação

“É preciso modificar essa compreensão social de que crianças mais velhas são mais difíceis de educar”, enfatizou juiz

Visando integrar as entidades envolvidas na assistência de crianças e adolescentes em situação de risco, o juiz Maurício  Cleber Miglioranzi Santos, da 1ª Vara Cível de Corumbá, realizou uma reunião na semana passada com as equipes técnicas das casas de acolhimento dos municípios de Corumbá e  Ladário, os respectivos Conselhos Tutelares e servidores do Poder Judiciário.

Realizado no plenário do Tribunal do Júri, o encontro focou a integração operacional das entidades, já que a realidade dos jovens em situação de risco é demanda que envolve atualmente 40 jovens que, na maioria, são encaminhados às instituições em virtude da negligência dos pais, especialmente relacionada com a dependência alcoólica e a droga.

Para o juiz, o mais preocupante é que as crianças acabam crescendo nas casas de acolhimento por falta de cidadãos interessados em adotar crianças com mais idade. No Brasil, a expressiva maioria de pretendentes à adoção busca crianças com até três anos de idade. “É preciso modificar essa compreensão social de que crianças mais velhas são mais difíceis de educar”, explicou o juiz. Ainda de acordo com ele, a realidade é totalmente contrária: as crianças possuem extrema capacidade de adaptação e de amor. “Chega a ser curioso que tenhamos tantas instituições que se propõem a defender o meio ambiente e os animais – sem qualquer demérito - mas tão poucas voltadas à atenção a nossas crianças”, observou.

O juiz Maurício Santos lembrou que, para fomentar o apoio social à causa da infância e juventude, o Poder Judiciário divulga o Projeto Padrinho, que convida os cidadãos a conhecerem as instituições de acolhimento e disponibiliza diversas formas de apoio. Para mais informações sobre o Projeto Padrinho, basta entrar em contato com o Núcleo Psicossocial do Fórum, pelo telefone 3231-3020.

O projeto

Criado em Campo Grande em junho de 2000, o Projeto Padrinho tornou-se referência nacional, e em 2007 ganhou o primeiro prêmio nacional na categoria Magistrados, do Concurso Mude um Destino, promovido pela Associação dos Magistrados Brasileiros, onde concorria com mais de 200 projetos em todo o Brasil.

Inovadora, a proposta mostrou-se tão promissora que foi implantada em várias comarcas do interior: Campo Grande, Dourados, Amambai, Aquidauana, Corumbá, Rio Brilhante, Maracaju, Três Lagoas, Bataiporã, Nova Andradina, Sonora, Jardim, Bonito, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Camapuã, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo e Água Clara, totalizando 19 comarcas que disponibilizam diferentes opções de apadrinhamento:
- padrinho afetivo: dá atenção e carinho à criança institucionalizada;
- padrinho voluntário: proporciona algum tipo de trabalho nas entidades de
acolhimento;
- prestador de serviço: atende nas instituições de acordo com sua
especialidade profissional, de maneira gratuita ou com ajuda material;
- família acolhedora voluntária e padrinhos de famílias.

O Projeto é executado diariamente e de forma permanente, e ao longo dos anos já atendeu centenas de crianças. Com informações da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de MS.