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Corumbá e Ladário podem ter representante no secretariado de Reinaldo; ouça

Da Redação em 29 de Outubro de 2014

Em entrevista coletiva esta tarde, no auditório da Associação Comercial de Corumbá, o governador eleito Reinaldo Azambuja (PSDB) falou sobre diversos temas relacionados diretamente com a região. Segurança, rio Taquari, ICMS garantido e a possibilidade de um nome de Corumbá integrar o secretariado estiveram na pauta de perguntas feitas por radialistas e jornalistas. Confira alguns trechos:

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Governador eleito disse que a região tem bons nomes que podem integrar nova gestão

Qual vai ser o perfil da sua equipe de governo e de que modo vai ser sua interlocução com os municípios de Corumbá e Ladário e o que o senhor pensa sobre o rio taquari?

O rio taquari é um dos maiores desastres ambientais do Brasil hoje, o assoreamento do rio inundou milhões de hectares, não houve a preservação das matas ciliares quando abriu o cerrado, os sedimentos desceram pros rios e assoreou totalmente o rio. O governo federal precisa se mexer nisso, sair do discurso e ir para a prática, precisamos de recursos para conter e resolver o problema.

Sobre a equipe, quero trabalhar com o secretariado técnico e fazer políticas com representantes. Como aqui não foi eleito nenhum representante estadual nem federal, temos a Casa Civil que é a parte política do governo e vai ser o elo com os municípios. Eu disse a vocês que seria o representante de Corumbá e Ladário, e quero representar bem vocês trabalhando pois as prioridades são locais, e quem vai decidir são vocês, pois vocês sabem as prioridades. Por isso que perguntei, a construção do hospital regional ou a recuperação da Santa Casa? Vamos discutir e debater com o segmento que opera isso.

Sobre segurança pública, há uma necessidade de que o 6º Batalhão da Polícia Militar tenha efetivo de batalhão e não apenas uma companhia. Como o senhor vai tratar esta questão?

A fronteira está aberta, o governo federal está empurrando essa responsabilidade para os estados, quem faz policiamento de fronteira de outros países do mundo é o governo federal, as nossas aqui estão escancaradas, nós vamos dobrar o contingente do DOF, isso é importante porque fortalece mais o policiamento da fronteira, mas segurança se não tiver investimento não dá. Vamos chamar os remanescentes do último concurso das polícias Civil e Militar, pois se abrirmos outro concurso irá demorar muito; investir em tecnologia porque  a máquina pública precisa se modernizar. Vamos implantar serviços de meritocracia em segurança e diminuir os cargos de confiança, investir num servidor efetivo. Patrulha eletrônica é algo que funciona bem e interligar câmeras com as centrais já funcionou em outros estados e queremos implantar isso nas regiões mais violentas e Corumbá está entre uma dessas regiões.

Nos últimos anos o número de policiamento efetivo diminuiu de 250 para 140 homens aqui na região, e para policiamento ambiental tem 15 homens. Corumbá será tratada mesmo como uma cidade de fronteira?

Tem que aumentar os efetivos, isso não tem jeito, você pode investir nas maiores tecnologias de segurança, mas se não tiver efetivo, não tem jeito. Se pegarmos nos últimos 8 anos o que aumentou e saiu nos concursos nós temos um déficit porque as pessoas estão abandonando o serviço de segurança no Mato Grosso do Sul, já que o salário é muito baixo, nós temos o pior salário dos policiais do Centro-Oeste, isso tem impedindo de fixar o policial no serviço, temos que investir em policiais. Não temos dois dinheiros, vamos ter que sacrificar algum setor. O estado viveu nos últimos 8 anos, muito da questão de obra  e construção, nós agora vamos ter que investir mais em pessoas, equipamentos, tecnologia e saúde. Fronteira, volto a dizer, vou cobrar do governo federal a responsabilidade das forças de segurança, que precisam sair do papel. Temos que despolitizar a questão da segurança publica, pois está muito politizada.

E o ICMS garantido?

Vamos acabar com o ICMS garantido para micro e pequena empresa, isso já é compromisso nosso, vamos flexibilizar para que eles tenham a oportunidade de vender primeiro para pagar depois, pois o que mata o comércio é ter que pagar antes. Vamos a partir do dia 1° de janeiro trabalhar um novo modelo de ICMS, e beneficiar esse segmento do comércio.

O senhor já disse que quer levar o seu governo para a população e não somente ficar na Capital onde está tudo centralizado. Disse inclusive que em Dourados pretende criar uma regional ou algo parecido. Nessa região de fronteira, muita gente diz ‘Corumbá e Ladário são fim de linha’,  o que a gente sempre discorda, mas ao mesmo tempo vemos que algumas coisas demoram a acontecer em Corumbá. O senhor pretende levar alguém dessa região para o seu secretariado?

Vamos montar agora a equipe de transição, provavelmente ate o dia 10,15 de novembro já vamos ter a equipe montada e essa região tem ótimas pessoas que podem compor qualquer governo. A questão da governadoria regional da grande Dourados, engloba 33 municípios e os serviços públicos têm que chegar mais próximos da população, muita coisa que dá para resolver aqui, muitas vezes tem que sair daqui e resolver em Campo Grande. Temos que voltar o estado para o atendimento regional e temos que descentralizar o governo e trazer ações para os municípios. E aqui não é fim de linha e sim onde começa... o porto já foi um dos mais importantes da América do Sul, infelizmente os últimos governos não se voltaram para as riquezas que temos aqui, inclusive o rio Paraguai.

 

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