Objetivo é a conscientização
Da Redação em 24 de Outubro de 2014
Fotos: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense
O tema escravidão foi um dos destaques das mostras explicativas
“A feira é a culminância do projeto de palestras e outras atividades que desenvolvemos desde o início do ano. O evento veio com o intuito de conscientizar os alunos sobre os problemas de exploração nacional e internacional que persistem na atualidade”, explicou a coordenadora pedagógica, Cleidy Alves Baiaroski.
Cristian Munoes, é aluno do 9° ano e junto com seus colegas, desenvolveu o projeto sobre trabalho escravo de bolivianos. “Nosso objetivo é alertar as pessoas que o trabalho escravo ainda existe e que está mais próximo do que imaginamos. Todos os anos, milhares de bolivianos são levados para trabalharem em fábricas de marcas de roupas famosas sem nenhuma estrutura de trabalho e sem recebimento de salário. Para se ter uma ideia muitos dormem apenas 4 horas por dia”, destacou ao Diário Corumbaense.
O estudante de 13 anos, Joilson Queiroz, representou os escravos em carvoaria numa encenação
“Eu estou aqui para retratar as pessoas que trabalham como escravas nas carvoarias, sei que a encenação da realidade impacta as pessoas, por isso optamos por ilustrar a escravidão”, disse o estudante Joilson Queiroz Júnior, de 13 anos.
Trabalho de “gente grande”
Laura Vieira, de apenas 11 anos, apresentou o trabalho sobre exploração do trabalho infantil. Junto com seus colegas de sala do 6° ano do ensino fundamental, ela foi visitar um assentamento da região para analisar de perto o modo de vida rural e desenvolver gráficos.
Laura Vieira explicou junto com seus colegas, gráficos sobre exploração infantil
“Fomos lá e fizemos um gráfico para entendermos sobre o trabalho no campo. Aprendi que criança não pode trabalhar, lugar de criança é na escola estudando e brincando. Claro que podemos ajudar nossos pais nos afazeres domésticos, mas nunca deixando de estudar, pois é no estudo que está nosso futuro”, destacou a estudante.
A coordenadora pedagógica destacou a importância da conscientização desde cedo. “Propostas como essas devem ser desenvolvidas em todas as escolas, pois é uma forma de despertar nos alunos o senso crítico que é essencial para o cidadão. A ação vem a partir da conscientização”, frisou Cleidy Baiaroski.
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