Da Redação em 21 de Setembro de 2014
Uma das cidades mais antigas do Mato Grosso do Sul, Corumbá foi um dos primeiros povoados a surgir na porção sul da fronteira com o oeste de Mato Grosso, além de ter sido um dos grandes centros culturais e econômicos nos anos de 1870 até 1920. A zona portuária da cidade possibilitou que mercadorias de várias regiões do Brasil e do mundo movimentassem o comércio.
A professora de História, Creuza Elizabeth da Matta, mora em Ladário há mais de 50 anos, cidade vizinha. Ela explicou ao Diário Corumbaense de forma resumida como se deu a fundação do município. “A Cidade Branca surgiu através da Capitania de Mato Grosso que ocupava a fronteira oeste do Brasil e era muito afetada por ataques indígenas e pelas invasões castelhanas, já que existia uma área de fronteira entre o domínio português e o espanhol. Um dia o capitão-general Luiz de Albuquerque de Melo Pereira e Cáceres teve a ideia de criar uma fortificação para proteger esse espaço contra os ataques que aconteciam, foi aí que surgiu o Forte Coimbra. Para dar sustentação a essa área fortificada o governador também mandou erguer um povoado para atender ao forte, e consequentemente se criou uma guarnição militar para dinamizar o comércio e outras atividades”, explicou.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Professora Creuza destacou potencial de desenvolvimento que a cidade tem
Sobre a Retomada de Corumbá e a guerra contra o Paraguai, fatos que marcaram a história da cidade, a professora contou: “a região foi invalidada e posteriormente retomada após o término da guerra do Paraguai, posteriormente esse período o governo imperial transformou Corumbá numa zona franca para que pudesse receber mercadorias de outras partes do Brasil e de outros países. Durante 50 anos a cidade desfrutou de uma posição respeitabilíssima como um centro cultural e econômico, já que era uma rota importante com um fluxo bem dinâmico principalmente em relação à navegação fluvial”, ressaltou.
Corumbá nos dias de hoje
Segundo a professora, Corumbá perdeu a importância de ser um centro de passagem ao norte e sul, mas continua como importante eixo de ligação com a Bolívia. Ela avalia que o potencial turístico atual do município é um grande indutor para o desenvolvimento local.
“Eu acredito que hoje, ela esteja resgatando o potencial turístico e histórico através das atrações de cultura, como o Festival América do Sul que acontece todo ano e reúne muitos turistas, além de abrigar a maior parte do Pantanal sul-mato-grossense, a cidade desfruta de um momento bom para o turismo”, analisou.
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