Marcelo Fernandes em 18 de Setembro de 2014
Mais de 800 quilos de cocaína foram incinerados pela Polícia Federal de Corumbá nesta quinta-feira, 18 de setembro, nos fornos da fábrica Votorantim Cimentos, que funcionam a uma temperatura aproximada de 1.500 graus. A incineração foi a segunda realizada este ano na cidade. Em março foram destruídos 902 quilos e 960 gramas da droga.
Fotos: Anderson Gallo/Diário CorumbaenseF
Quantidade incinerada hoje integra o volume de apreensões realizadas em 2013 e no primeiro semestre de 2014,
O delegado chefe da Polícia Federal corumbaense, Alexandre do Nascimento, estima que os 860 quilos de cocaína incinerados renderiam cerca de R$ 10,3 milhões ao tráfico somente em território nacional, que tem o quilo da droga avaliado em cerca de R$ 12 mil. Se essa droga chegasse à Europa, a comercialização do entorpecente movimentaria cifras em torno de R$ 91,8 milhões. De acordo com o delegado, em solo europeu estima-se que cada quilo do entorpecente alcance 35 mil euros ou R$ 106,7 mil. A destruição foi autorizada pela Justiça.
Dentro do carregamento destruído nesta quinta-feira estavam os 361,5 quilos de cocaína e cloridrato de cocaína (substância considerada a forma mais pura da droga) apreendidos na noite de 11 de julho, junto com dois fuzis AK. O entorpecente e o armamento estavam escondidos em fundos falsos instalados dentro do tanque de combustíveis de um caminhão, com placas da cidade paulista de São Bernardo do Campo.
Segundo a PF, a quantidade incinerada integra o volume de apreensões realizadas em 2013 (1.409 quilos) e no primeiro semestre de 2014, em torno de 900 quilos. Em 2011, foram apreendidos 790 quilos e em 2012, 980 quilos. De todo o lote incinerado foram retiradas amostras das substâncias destruídas para a necessidade de exames de contraprova, caso forem solicitados.
Fornos para queima da droga funcionam a uma temperatura aproximada de 1.500 graus
Com a queima desta quinta-feira, foram quase duas toneladas de drogas destruídas em menos de seis meses. As apreensões foram feitas pelos agentes da Delegacia de Polícia Federal em Corumbá, da Polícia Rodoviária Federal e do Departamento de Operações de Fronteira (DOF).
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