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Colisão em ponte deve motivar estado de emergência pelo Governo de MS

Marcelo Fernandes em 29 de Agosto de 2014

O Governo de Mato Grosso do Sul deve decretar, até segunda-feira, 1º de setembro, estado de emergência para conseguir a liberação de R$ 4 milhões do Governo Federal para construção de um dolfin, estrutura para proteger a ponte sobre o rio Paraguai, em Corumbá. Na terça-feira, 26 de agosto, um empurrador de bandeira paraguaia – que transportava seis barcaças carregadas de farelo de milho – contra um pilar lateral da ponte, ocorrida na madrugada da terça-feira, 26 de agosto. O choque causou um desnível inicial de aproximadamente 22 centímetros no lado da ponte atingido pela embarcação.

Segundo o site Campo Grande News, o secretário estadual de Obras, Edson Giroto, disse que já existe um projeto para a construção desse dispositivo de segurança, que foi apresentado na quinta-feira (28) em reunião com o ministro dos Transportes, Paulo Passos, e o diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Jorge Fraxe. Após o decreto de estado de emergência, o recurso deve ser liberado para que as obras comecem imediatamente, de acordo com Giroto. “Temos que tomar essa providência, porque a ponte é o único acesso a cidade de Corumbá e a população não pode ficar prejudicada. Vou enviar o projeto ao superintendente do DNIT em Mato Grosso do Sul para que seja iniciada a obra o mais rápido possível”, disse Giroto.

Já o conserto do estrago causado pelo barco empurrador é de responsabilidade da concessionária Porto Morrinho. Conforme o secretário, a concessionária já está fazendo o que é necessário para que a ponte volte a funcionar normalmente. “Assim que houve o problema, o pessoal da concessionária já mandou técnicos para o local, pois isso é obrigação deles. Não é necessário que façamos a fiscalização dessa parte”, explicou Giroto.

O tráfego de veículos pesados foi restrito e atinge especialmente veículos com sete eixos ou mais, como caminhões com carga de minério. Como precaução foi montado um sistema de sinalização Pare e Siga ao longo da ponte para controlar o fluxo de veículos e um revezamento, libera intercaladamente o tráfego de cada lado da pista. A passagem de veículos entre quatro e seis eixos é permitida com distância mínima de 300 metros entre eles. Carros de passeio e ônibus podem cruzar a ponte normalmente, dentro do revezamento de pistas.

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Choque causou um desnível inicial de aproximadamente 22 centímetros no lado da ponte atingido pela embarcação

A Capitania Fluvial do Pantanal, subordinada ao Comando do 6º Distrito Naval da Marinha do Brasil, já abriu inquérito para apurar causas e responsabilidades do acidente. A apuração tem prazo de três meses para ser concluída. A carga seguia para Assunção, capital do Paraguai.

A Prefeitura de Corumbá cobrou “imediata ação” do Governo do Estado e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no que diz respeito à recuperação dos danos causados à ponte sobre o rio Paraguai pela colisão da embarcação paraguaia. “Para não ocorrer o vivenciado em 2011, quando acidente semelhante, deixou a cidade de Corumbá isolada por quase seis horas e restringiu o transporte por via terrestre, a Prefeitura cobra ações emergências de recuperação. (...) Entre idas e vindas de cobrança de responsabilidades para o conserto entre órgãos federais e estaduais, até o final daquele ano, o reparo não havia sido realizado, vindo a se concretizar apenas em 2012. Devido a esse episódio, o município teve situação de emergência reconhecida pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, ligada ao Ministério da Integração Nacional”, diz a nota publicada no site do Executivo Municipal.

Acidente anterior

Em 08 de maio de 2011, o empurrador Doña Carmen de bandeira paraguaia transportando 16 barcaças de farelo de soja bateu contra o pilar central da ponte. Com a colisão um vão de cerca de 20 centímetros abriu-se na estrutura da ponte e o tráfego de veículos foi interditado por questões de segurança. A cidade ficou isolada por quase seis horas. A ponte é o  acesso terrestre que liga o município ao resto do país.

Comentários:

marcelo oliveira: Enquanto não acontecer uma tragédia nessa ponte não vai fazer um serviço bom nessa ponte,ja virou uma piada essas batidas nessa ponte....

nelson germano: ja esta passsando da hora. uma ponte como essa é muito importante para a populaçao. espero que o dinheiro quando liberado, realmente seja usado para o reparo dessa ponte e a proteçao nos pilares centrais...

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