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Árabes e palestinos de Corumbá se solidarizam às vítimas da ofensiva militar na Faixa de Gaza

Marcelo Fernandes em 29 de Julho de 2014

A comunidade árabe-palestina de Corumbá realizou, na tarde desta terça-feira, 29 de julho, um ato público em solidariedade às vítimas da ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza. A mobilização aconteceu no Jardim da Independência, onde foram lidos manifestos pedindo o fim dos ataques de Israel, iniciados em 08 de julho e que até agora já matou mais de 1.100 palestinos, muitos deles civis, e deixou cerca de 6.200 feridos, segundo informam agências internacionais.

Fotos: Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense

Participantes do ato público fizeram passeata após manifesto promovido no Jardim da Independência

O ato público foi organizado pela Sociedade Árabe-Palestino-Brasileira de Corumbá e pelo Comitê 29 de Novembro de Solidariedade ao Povo Palestino e terminou com uma passeata pelas ruas centrais da cidade. A comunidade árabe-palestina de Corumbá reúne cerca de 300 pessoas.

Munther Safa, presidente da Sociedade Árabe-Palestina de Corumbá, disse num breve discurso que o ato público desta terça-feira teve o intuito de mostrar de forma ordeira que o que vem ocorrendo nessas três semanas na Faixa de Gaza é um “massacre sem limites contra o povo palestino”.

Comerciante e presidente do Centro Cultural Árabe Palestino de Corumbá, Omar Fares, disse acompanhar atentamente a situação na Faixa de Gaza. “Acompanho pela internet, quando conseguimos e canais de televisão palestina. Tenho familiares em cidades próximas, na Faixa de Gaza tenho amigos. Muitas vezes ficamos sem contato com eles e às vezes conseguimos contato, mas de repente é cortado”, contou.

Faixas, cartazes e fotos relatavam o cotidiano das vítimas dos bombardeios

“É muito triste e difícil ver nossos familiares sendo massacrados pelas tropas de ocupação israelense. É uma ferida aberta e o mínimo que podíamos fazer era essa mobilização pacífica, para mostrar a realidade, mostrar o que está acontecendo. Essa manifestação é por eles”, disse ao Diário Corumbaense o comerciante.

Os ataques militares e bombardeios sucessivos não se resumem unicamente à Faixa de Gaza, denunciou o presidente do Centro Cultural. “Acontece em outras cidades palestinas também. Uma irmã minha mora na Cisjordânia, consegui contato com ela, que me disse que estão com medo. Os soldados israelenses vão até as casas, durante a madrugada, para levar pessoas presas”, afirmou.

Sem qualquer ligação familiar, o advogado Cândido Burgues Andrade Filho participou do ato público e da caminhada em solidariedade às famílias palestinas vítimas dos bombardeios na Faixa de Gaza. “Essa mobilização é muito importante, cada um deve procurar não se omitir diante dessa tragédia. É uma violência muito grande e desproporcional. Sou brasileiro sem ligação com povo árabe, mas procurei me informar sobre o que realmente está acontecendo. Vi que historicamente o povo palestino sofre há muito tempo em busca da sua pátria”.

No coreto do Jardim da Independência, cartazes, faixas e fotos relatavam o cotidiano das vítimas dos bombardeios na Faixa de Gaza.

Muitos lojistas, de origem árabe-palestina, fecharam as lojas durante a manifestação

A Faixa de Gaza

A Faixa de Gaza está situada no Oriente Médio, a sudeste do Mar Mediterrâneo, tem 45 quilômetros de comprimento e 10 quilômetros de largura, sendo limitada ao norte e a leste por Israel e ao sul pelo Egito. É um dos territórios mais densamente povoados do planeta, com uma população estimada, em julho de 2008, em 1,5 milhões de habitantes para uma área total de 360 km². Sua denominação deriva do nome da principal cidade na região, Gaza. O território não é reconhecido internacionalmente como pertencente a um país soberano. Com informações do Senado Federal.

Galeria: Manifestação pró-Palestina

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