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Vacina contra hepatite A entra para o calendário de imunização das crianças

Agência Saúde em 29 de Julho de 2014

A hepatite A acaba de ser incluída no calendário básico de imunização da criança. A meta do Ministério da Saúde (MS) é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões de crianças - na faixa etária de um até dois anos incompletos - no período de 12 meses. Com isso, o Brasil passa a oferecer, gratuitamente, 14 vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora anunciada na terça-feira (29), a introdução da vacina é uma das ações da pasta para marcar o Dia Mundial de Luta contra Hepatites Virais, celebrado na segunda-feira (28).

O objetivo é prevenir e controlar a hepatite A e, dessa forma, imunizar, gradativamente, toda a população. O esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde (MS), prevê uma dose única da vacina. Será feito o monitoramento da situação epidemiológica da doença, no país, para definir a inclusão ou não de uma segunda dose no calendário da criança. A Hepatite A é uma doença infecciosa aguda que atinge o fígado.

Divulgação

Esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, prevê uma dose única da vacina

Para o início da vacinação, estados e municípios receberam 1,2 milhão de doses. Outros lotes serão encaminhados, ainda este ano, e no decorrer de 2015, para atender 100% do público-alvo, segundo o Ministério da Saúde.

A data para início da vacinação será definida por estado. A vacina contra a hepatite A deve ser incorporada aos programas nacionais de imunização, na medida em que as condições de saneamento básico começam a melhorar e o contato das pessoas com o vírus passa a ocorrer mais tarde, na fase adulta, propiciando o surgimento de mais casos da forma grave da doença. O Ministério da Saúde investiu R$ 111 milhões na compra de 5,6 milhões de doses neste ano.

“Já houve uma redução significativa da circulação viral da hepatite A no país, com a melhoria das condições sanitárias. Com a vacinação das crianças, grupo mais vulnerável e exposto à doença, podemos diminuir ainda mais a circulação deste vírus”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Já de acordo com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, a vacina contra hepatite A passa a ser uma importante ferramenta de prevenção da doença. “A vacina tomada na infância gera proteção para a vida inteira, e evita casos graves e óbitos causados pela doença”, explicou o secretário.

As doses para o início da vacinação, segundo o Ministério da Saúde,  já foram enviadas para todas as secretarias estaduais de saúde, assim como os materiais com instruções para a correta aplicação. A vacina contra a hepatite A é segura e praticamente isenta de reações, mas pode provocar vermelhidão e inchaço no local da aplicação.

Transmissão

A disseminação dessa doença está bastante relacionada às condições de saneamento básico. A forma mais comum de transmissão do vírus é mediante a ingestão de água e alimentos contaminados por fezes que contenham o vírus da hepatite A. Mas também se pode contrair a doença por meio do contato com as fezes ou o sangue de uma pessoa que tenha a doença.  Por isso, é importante lavar bem as mãos após usar o banheiro.

Sintomas

Os sintomas iniciais são manifestados após duas a quatro semanas do contágio e, em geral, são cansaço, debilidade muscular, perda de apetite, diarreia e vômito ou sintomas parecidos com os de uma virose qualquer (dor de cabeça, calafrios e febre). Posteriormente, se as defesas (anticorpos específicos contra o vírus) não conseguem controlar a infecção, as células hepáticas podem ser destruídas progressivamente liberando, assim, as sais da bile que infiltra os olhos e a pele que apresentarão uma cor amarelada (icterícia). As fezes ficam claras e a urina fica escura (cor de café). Apesar de não haver forma crônica da doença, há a possibilidade de formas prolongadas e recorrentes por vários meses.

Cura e tratamento

A perspectiva de cura é boa e a evolução resulta em recuperação completa do paciente após três meses, geralmente. O repouso absoluto é necessário e tem de ser adotado imediatamente no ato do diagnóstico. É indicada uma dieta pobre em gordura e rica em carboidratos, com a restrição de ingestão de álcool por um período mínimo de seis meses e, preferencialmente, de um ano.

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