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Fotógrafo conservacionista diz ser "testemunha da destruição do planeta"

Antonio Vizcaino esteve no Pantanal

Da Redação em 22 de Julho de 2014

O fotógrafo conservacionista Antonio Vizcaino, de 62 anos, dirigente da Associação América Natural, considera-se uma “testemunha da destruição do planeta”. Por meio de seu trabalho, que inclui dois livros, Água e Bosque, busca a conscientização para a proteção e conservação por meio de imagens dos mais importantes ecossistemas do mundo, entre eles o Pantanal. Foi aqui que, semana passada, ele captou imagens para suas futuras publicações durante um sobrevoo e uma excursão à Serra do Amolar e outros trechos da planície pantaneira, através da Fundação Tompkins Conservations, com apoio do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), integrante da Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar. “Sou um explorador em busca da beleza natural”, define-se Vizcaino, mexicano de Guadalajara que cursou fotografia no ICP de Nova York. “E ao fotografar a natureza sou testemunha da sua destruição”, acrescenta.

Divulgação/IHP

Vizcaino captou imagens da Serra do Amolar e constatou trabalho de preservação do IHP

Vizcaino ficou impressionado com a beleza da Serra do Amolar e destacou o trabalho da Rede de Proteção e Conservação da região. "É uma iniciativa única na América do Sul", ressaltou. Ele sente-se também uma espécie sob ameaça de extinção porque, como diz, "se nada for feito pela preservação, em alguns anos posso não ter mais o que fotografar”. Por isso se dedica ao conservacionismo, na direção da Associação América Natural. “Se quiséssemos ter o mesmo nível de vida da classe média norte-americana em todo o planeta, necessitaríamos ter quatro planetas a mais”, afirma, baseando-se no estudo de um pesquisador de Harvard.

Em 2008, em parceria com escritor Tom Butler, lançou o livro Wildlands Filantropia, com 370 páginas e 170 imagens que retratam quarenta santuários ecológicos preservados pelos ambientalistas norte-americanos e histórias inspiradoras de pessoas que investiram na salvação desses ecossistemas por meio da iniciativa privada. O livro recebeu importantes prêmios nos Estados Unidos, entre eles o Benjamin Franklin  e o Nautilus Book Awards.

Uma equipe de especialistas do IHP, integrante da Rede de Proteção da Serra do Amolar, acompanhou o fotógrafo durante sua incursão ao Pantanal. “Sou um obsessivo pela qualidade técnica”, afirma Vizcaino, que não utiliza câmeras digitais e há 25 anos trabalha com os tradicionais filmes de rolo para captar suas imagens e alcançar os melhores resultados de resolução. Revela seus filmes no laboratório Duggal, em Nova York, e imprime suas fotos naquela que considera a melhor gráfica do mundo, a Toppan, de Tóquio. Com informações da Assessoria de Imprensa Instituto Homem Pantaneiro.

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