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Guardas municipais decidem por greve e fazem panfletagem

Marcelo Fernandes em 15 de Abril de 2014

Guardas municipais de Corumbá promoveram na manhã desta terça-feira, 15 de abril, uma panfletagem no cruzamento das ruas Frei Mariano e 13 de Junho, área central da cidade. A mobilização chamou atenção para a decisão de entrar em greve tomada pela categoria em assembleia realizada na tarde da segunda-feira, dia 14.

“Com essa panfletagem queremos mostrar que a paralisação é importante para a categoria. O incentivo, estruturação e melhoria salarial da Guarda Municipal resultam num serviço de qualidade para a população, queremos essa valorização para o guarda se sentir motivado”, disse ao Diário Corumbaense o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Corumbá (Sindguard Corumbá/MS), Paulo Victor de Souza Soares Aculha.

De acordo com o dirigente, após a decisão pela greve – que foi aprovada por unanimidade na assembleia da classe – o Sindicato tem 72 horas para comunicar oficialmente a Administração Municipal sobre a paralisação da categoria, que ainda não tem data para começar. “Dentro desse prazo esperamos que a Administração nos chame para conversar e nos apresente respostas concretas”, disse o presidente do Sindiguard.

Ricardo Albertoni/Diário Corumbaense

Panfletagem chamou atenção para a decisão de entrar em greve tomada pelos guardas municipais

São reivindicações dos guardas municipais equiparação salarial de função de nível médio; a estruturação da carreira e melhorias nas condições de trabalho. “Hoje o concurso público para assumir um cargo na Guarda Municipal é de nível médio, nosso vencimento base é um salário mínimo (R$ 724) e queremos a equiparação para as demais funções de nível médio da administração municipal. Já houve readequação salarial de algumas categorias, da Guarda ainda não. No ano passado, o Executivo incorporou um auxílio alimentação para o pessoal que tem nível fundamental. Então o nível fundamental hoje já passou o nosso salário. O salário mais baixo do ensino fundamental hoje é 764 reais, e o da Guarda é R$ 724 para o nível médio”, esclareceu Paulo Victor.  

O secretário de Governo, Márcio Cavasana, explicou que a equiparação salarial que o Sindicato dos Guardas Municipais está solicitando não pode ser realizada porque a guarda possui um estatuto à parte, de onde é definido o valor do salário dos funcionários, por isso não pode ocorrer uma equiparação com a base dos funcionários públicos de nível médio, que é regido pelo Plano Municipal de Cargos e Carreiras.

Cavasana ressaltou ainda que a guarda possui uma dotação mensal e é sobre essa dotação que é feita a base salarial da categoria, uma vez que sobre essa base, eles ainda recebem bonificação de operações especiais, hora extra e outros adicionais, o que acaba elevando o salário e fazendo com que recebam bem mais que um funcionário de nível médio. De acordo com o secretário, há uma reunião pré-agendada, quando todas as reivindicações feitas pela categoria serão respondidas ponto a ponto, inclusive a questão salarial.

Comentários:

Antonio G. C. Ferreira: Ainda bem que estamos num governo do PT...esperamos que, no mínimo, seja estabelecida uma mesa de negociação, caso contrário, será uma decepção para todos que acreditam ainda que o PT é o Partido dos Trabalhadores. Não há nada que possa impedir o poder público de corrigir uma distorção salarial, corrigir uma injustiça. Tudo depende de vontade política. É só querer....

Ernesto Vargas de Cespedes: As outras categorias, deveriam se mobilizar também, pois o salário mínimo teve reajuste em janeiro, e até agora não se diz nada sobre o reajuste da Prefeitura Municipal, do modo geral para funcionários, e as perdas de janeiro até agora como vai ficar, principalmente com relação aos funcionários da saúde (Agentes de Saúde, Endemias etc.) Os Produtos nos Mercado já aumentaram de preço várias vezes e o nosso salário nada. Obrigado pela oportunidade.

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