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PF investiga grupo acusado de desviar recursos públicos na Prefeitura de Corumbá

Marcelo Fernandes em 31 de Maio de 2012

Deflagrada na manhã desta quinta-feira, 31 de maio, a "Operação Decoada", da Polícia Federal desarticulou um grupo acusado de promover fraudes e desvios de recursos públicos na Prefeitura de Corumbá.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Online

Equipes da Polícia Federal ocupam prédio da Prefeitura de Corumbá

As investigações, que duraram mais de um ano e foram realizadas em conjunto pela Polícia Federal; Ministério Público Federal (MPF); Controladoria Geral da União (CGU) e Ministério Público Estadual (MPE), apontaram a ocorrência de fraudes e direcionamentos em licitações; corrupção; falsidades; desvio de recursos públicos e pagamentos de propina, com o envolvimento de servidores públicos municipais e empresários.

De acordo com a PF, o material coletado neste período comprovaria a existência de várias fraudes e desvios de recursos públicos. Todos eles são analisados pela CGU. As irregularidades detectadas envolvem milhões de reais em recursos públicos federais destinados à saúde, educação e infraestrutura de Corumbá.

Investigações da PF duraram mais de um ano e contaram com participações do MPF; MPE e CGU

Segundo nota da PF, são cumpridos quatro mandados de prisão temporária; 36 de busca e apreensão e 28 de condução coercitiva em Corumbá, Campo Grande e Ladário. Decisão, da 1ª Vara Federal de Corumbá, também determina o afastamento cautelar das funções de oito servidores municipais. Os nomes dos envolvidos ainda não foram informados pela Polícia Federal. Buscas também são feitas no Hospital de Caridade, que hoje está sob intervenção das Prefeituras de Corumbá, Ladário e Governo do Estado.

A "Operação Decoada" mobiliza 100 Policiais Federais, 16 servidores da Controladoria Geral da União e 4 Policiais da Força Nacional de Segurança Pública.

A Decoada

A operação foi batizada de "Decoada" em analogia ao fenômeno natural que ocorre na planície pantaneira no auge da cheia, quando a água passa a deixar toda a vegetação submersa e essa matéria orgânica entra em processo de decomposição por bactérias. Esse processo consome todo o oxigênio presente na água, liberando dióxido de carbono e deixando os peixes suscetíveis a ataques de predadores (ao subirem à superfície para tentar absorver o oxigênio) ou causando a morte em massa dos peixes por asfixia.

A analogia com a operação decorre da "asfixia experimentada pela população corumbaense e ladarense, em virtude do desvio e mau uso do dinheiro público que deveria ser aplicado em Educação, Saúde e Infraestrutura dos municípios, em prejuízo à população que vive nestes municípios".

 


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