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Literatura Infantil: um recurso para a alfabetização e o letramento

Camila Cavalcante em 18 de Abril de 2012

Alfabetizar e Letrar. Essas são as atividades da atual prática pedagógica. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever, que sabe os códigos de comunicação. Letrado, é aquele indivíduo que sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita, ou seja, ele utiliza todo o aprendizado da escola para a aplicação em seu cotidiano, na sociedade. Um dos mais convenientes e ricos recursos para esse aprendizado é a literatura infantil, que além de trabalhar com os códigos da escrita e da leitura, trabalha também com questões sociais e intelectuais.

Fotos: Anderson Gallo/Diário Online

Escola Luiz Feitosa explora ao máximo contato das crianças com os livros

"Trabalhar diariamente com os livros infantis, sejam eles de quaisquer gêneros, é muito bom para o aprendizado das crianças. A escola deve proporcionar um espaço para que os alunos tenham contato com os livros, pois assim, eles entram em um mundo infantil que contribui com o processo de aprendizagem da leitura, da escrita, da compreensão de mundo, do estímulo à fantasia, ao lúdico. A literatura infantil é muito importante no aprendizado escolar e social das crianças", ressaltou a pedagoga Lilian Cristina Sales.

A escola municipal Luiz Feitosa Rodrigues, que neste ano funciona em fase experimental de período integral, está proporcionando aos alunos uma grande possibilidade de interação com a literatura infantil. "Por ser uma escola em período experimental de ensino integral, o contato dos alunos com os mais variados livros didáticos é constante. O Ensino Fundamental explora ao máximo o contato dessas crianças com os livros literários infantis. Um dos fatores que facilitam esse contato com os livros, é que a escola possui uma biblioteca que funciona em período integral. O acervo dos livros foi adquirido através de um projeto com o auxílio dos Governos Federal e Municipal", explicou ao Diário a coordenadora, Márcia Cristina Capistrano.

Além da disponibilidade dos livros, o ambiente em que é oferecido às crianças também influencia no gosto pela leitura. Na escola Luiz Feitosa há cadeirinhas do tamanho das crianças, livros com boas ilustrações, com interações, com atividades dinâmicas e até brinquedos. "Eu gosto de vir para a biblioteca. Gosto dos livros que falam dos animais, das fadas. Acho muito bonito. As fadas são muito boas, elas ajudam as pessoas. Também temos que ajudar as pessoas que precisam, é muito bom", disse Larissa Vida, 07 anos.

Larissa diz se inspirar nas boas ações das histórias para realizá-las na vida real

Há até quem se inspire em uma literatura, como apontou a pequena Manoela Santos Coelho, 07 anos. "Sempre que venho à biblioteca, gosto de ler o livro da Chapeuzinho Vermelho, porque ela foi corajosa. Tem a questão que ela teimou com a mãe dela, eu tento não teimar, mas eu queria ser corajosa como ela foi", disse brincando.

Dia Nacional da Literatura Infantil

O dia 18 de abril foi instituído como o dia nacional da literatura infantil, em homenagem a Monteiro Lobato. "Um país se faz com homens e com livros". Essa frase criada por ele demonstra a valorização que dava à leitura e sua forte influência no mundo literário.

Monteiro Lobato foi um dos maiores autores da literatura infanto-juvenil brasileira. Nascido em Taubaté, interior de São Paulo, em 18 de abril de 1882, iniciou sua carreira escrevendo contos para jornais estudantis. Em 1904 venceu o concurso literário do Centro Acadêmico XI de Agosto, época em que cursava a faculdade de Direito.

Como viveu um período de sua vida em fazendas, seus maiores sucessos fizeram referências à vida num sítio, assim criou o Jeca Tatu, um caipira muito preguiçoso. Depois criou a história "A Menina do Nariz Arrebitado", que fez grande sucesso. Dando sequência a esses sucessos, montou a maior obra da literatura infanto-juvenil: O Sítio do Picapau Amarelo, que foi transformado em obra televisiva nos anos oitenta, sendo regravado no final dos anos noventa.

Dentre seus principais personagens estão Dona Benta, a avó; Emília, a boneca falante; Tia Nastácia, cozinheira que preparava famosos bolinhos de chuva; Pedrinho e Narizinho, netos de Dona Benta; Visconde de Sabugosa, o boneco feito de sabugo de milho; Tio Barnabé, o caseiro do sítio que contava vários "causos" às crianças; Rabicó, o porquinho cor-de-rosa; dentre vários outros que foram surgindo através das diferentes histórias. Dentre suas obras, Monteiro Lobato resgatou a imagem do homem da roça, apresentando personagens do folclore brasileiro, como o Saci Pererê, negrinho de uma perna só; a Cuca, uma jacaré fêmea muito malvada; e outros. Na verdade, através de sua inteligência, mostrou para as crianças como é possível aprender através da brincadeira. Monteiro Lobato morreu em 04 de julho de 1948, aos 66 anos de idade. Com informações, Brasil Escola.

Incentivo à leitura é um dos mais ricos recursos para aprendizado infantil

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