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Instituto quer ampliar apoio a crianças e jovens

Lívia Gaertner em 13 de Janeiro de 2011

Fotos: Anderson Gallo

Atividades do IMKOP atendem crianças e adolescentes difundindo cultura afro

Em parceria com grupo de capoeira "Cordão de Ouro", IMKOP promove aulas em três bairros

Criança e jovem lindos. Esse é o significado do nome do Instituto Madê Korê Odara Pantanal (IMKOP) que se formou há cerca de um ano depois de atuar por vários outros desenvolvendo atividades que visam atender crianças e adolescentes carentes em bairros de Corumbá, através do esporte e da cultura afros. Hoje, com ações em vários pontos da cidade e atendendo centenas de crianças, o Instituto busca se regularizar ao definir estatuto e a formação da primeira diretoria executiva. "Em certos momentos, quando precisamos de ajuda, a gente esbarra num entrave porque o nome não é legalizado, então decidimos legalizar a instituição e dar continuidade a esse trabalho que já vem acontecendo. Nós esbarramos em dificuldades financeiras, mas um tira um pouco, outro também e vamos levando. Todos que nos ajudam são anônimos, mas a gente tem que dar visibilidade porque o trabalho cresceu muito nesses últimos tempos", comentou Nara Nazareth de Lima Monteiro, membro do colegiado.

"Na maioria das vezes, são crianças que não têm acesso à escola, então você mostrando que elas podem, que tem alguém olhando por elas, amparando, elas vêm e começam a pedir dentro de casa pra ir para a escola porque falta o interesse dos pais que não têm conhecimento que podem, então mostrando de maneira suave, através do esporte, de palestras, de rodas de conversas no jeito deles, no jeito do jovem, a gente está conseguindo colocar essas crianças na escola", avaliou Nara em entrevista ao Diário.

Em parceria com o grupo de capoeira "Cordão de Ouro", o IMKOP, atualmente desenvolve trabalhos junto a crianças e adolescentes em três bairros da cidade: Universitário, Cristo Redentor e Nova Corumbá, usando espaços cedidos pela própria comunidade.

Lamartine José dos Santos, responsável pelo departamento cultural do Instituto e instrutor de capoeira, destaca que as aulas oferecidas além de gerar o aprendizado de um esporte servem como forma de expressão. "É um espaço onde o jovem pode gritar e quando falo gritar, é botar para fora toda aquela angústia que ele está sentindo porque lá ele tem liberdade de se expressar. Ele pode sentar, conversar, botar pra fora aquilo que está sentindo pra que possamos trabalhar em cima daquele problema exposto", comentou ao lembrar que as atividades do Instituto vem suprir uma parte que não é posta no ensino regular nas escolas.

"Uma coisa é a gente dar educação para esses jovens, dar uma escola pública e outra coisa é deixar o problema acontecer na família. Não adianta dar somente a escola, a gente tem que conversar com essa família e o Instituo faz isso: identifica o problema no grupo ao conversar com o jovem e marca uma conversa com a família para ver o que é que pode se fazer, dar uma orientação para essas famílias", disse Lamartine ao citar que, simultaneamente às aulas de capoeira são repassadas informações sobre dança e música dos povos africanos.

Somente no bairro Cristo Redentor, segundo o instrutor, são cerca de 60 crianças e adolescentes atendidos com ações do Instituto. "São jovens que se preocupam com o futuro deles, mas por eles passarem por determinados tipos de problemas familiares, acabam se perdendo, se sentem excluídos", disse.

O IMKOP atua em várias frentes: educacional, de saúde, cultural, enfim traz a experiência de vários profissionais para amparar crianças e jovens de Corumbá. Nara Nazareth vislumbra o momento de regularização da entidade num não tão distante futuro.

"A semente está plantada, é fazer agora com que essa raiz se solidifique, e fazer com que, amanhã, um dos jovens atendidos, esteja dentro da associação, esteja à frente das atividades como nós estamos hoje", diz.

Ela destaca que as ações são de inclusão de crianças e jovens não fazendo distinção entre cor de pele. "No grupo, temos crianças negras, temos muitos brancos. Nós fazemos a criança se reconhecer, ter orgulho, levar a nossa cultura e fazer com que os outros a respeitem", comentou.

Quem quiser integrar ou conhecer mais detalhes sobre a atuação do Instituto Madê Korê Odara Pantanal (IMKOP) pode dirigir-se até à sede provisória que fica localizada na rua Paraíba, quadra 03, casa 25, no bairro Nova Corumbá.

 

Galeria: capoeira

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Comentários:

Contra Mestre Pernambuco CDO: A cordão de ouro/MS vem por meio deste agradece o incentivo nos dado pela oportunidade dada pelo Diarionline na divulgação de nossos trabalhos, onde a CDO tem com principal objetivo os propósitos da arte capoeira e a prioridade da educação que é a chave. chave que abre a possibilidades de se transformar o homem anônimo, sem rosto, naquele que sabe que pode escolher, que é sujeito participante de sua reflexão, da reflexão do mundo e da sua própria história, assumindo a responsabilidade dos seus atos e das mudanças que faz acontecer. Essa chave nos permite modificar a realidade, alterando o sue rumo, provocando as rupturas necessárias e aglutinando as forças que garantem a sustentação de espaços onde o novo seja buscado e assumindo a responsabilidade dos sues atos, construído e refletido. Sem mas, Contra Mestre Pernambuco CDO

Nara Nazareth Lima Monteiro: São esses gestos de solidariedade como o do Diário que nos fortalece, o Instituto Madê korê Odara do Pantanal, agradece a todos que nos ajuda nesse trabalho tão gratificante. Essa é nossa responsabilidade a criança o jovem que nos tem como referencia. A educação através da cultura com pequenas ações que nos engrandecem e resgatam tantas vidas. Obrigada Nara Nazareth Lima Monteiro. Instituto Madê Korê Odara do Pantanal (IMKOP)

lucas damiao cdo ms: iso e a capoeira de hoje .....

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