PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Brasileiro acusado de liderar assalto milionário no Paraguai é preso na fronteira com MS

Campo Grande News em 15 de Fevereiro de 2024

Direto das Ruas/CG News

Fabio Moraes cercado por policiais em mata onde estava escondido

Apontado como líder do assalto milionário contra doleiros paraguaios na madrugada do dia 05 deste mês em Ciudad Del Este, o brasileiro Fabio Dornaldo de Moraes Schultz, o “Gordinho”, foi preso nesta quinta-feira (15) na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul.

Fabio foi localizado por homens da Polícia Nacional em uma mata nos arredores de Capitán Bado, cidade separada por uma rua de Coronel Sapucaia (MS). Desarmado, ele tentou fugir, mas foi detido. Outro homem que estava no local conseguiu escapar.

Pelo menos 20 milhões de dólares foram levados pelos bandidos do cofre existente na sede da associação dos cambistas.

A polícia paraguaia acredita que o roubo foi planejado e executado por facções brasileiras. Para chegar ao cofre, a quadrilha trabalhou durante um ano escavando um túnel na área central de Ciudad Del Este, interligada a Foz do Iguaçu (PR) pela Ponte da Amizade.

O roubo foi descoberto na manhã do dia 05, quando os primeiros cambistas chegaram ao local para trabalhar. Pelo menos 25 bolsas com dinheiro foram retiradas do cofre. As caixas onde estava o dinheiro e até barras de ouro ficaram vazias. Dos 148 integrantes da associação, apenas dois registraram denúncia na polícia. 

Reprodução

Câmera de monitoramento captou imagem de brasileiro na cena do crime

Investigadores paraguaios afirmam que a maioria dos doleiros trabalha de forma clandestina, trocando dólares, reais e guaranis nos arredores de Ciudad Del Este, inclusive dinheiro do contrabando e do tráfico de drogas. A movimentação financeira não é declarada.

O prédio usado para escavar o túnel, no centro da cidade paraguaia, foi alugado no final de 2022. No local, os bandidos montaram uma loja de fachada. Durante o dia, o imóvel era usado para venda de camisetas esportivas. À noite, recebia os trabalhadores que escavaram o túnel de 180 metros. Para chegar à sede dos cambistas, o buraco passou por baixo de uma agência bancária.

Inicialmente, a principal suspeita da Polícia Nacional era de participação do PCC (Primeiro Comando da Capital). Entretanto, a prisão de Fabio de Moraes em Capitán Bado indica que o roubo pode ter sido organizado pelo Comando Vermelho. A linha internacional entre Capitán Bado e Coronel Sapucaia é dominada pela facção carioca.