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Escola Rural de Corumbá participa de etapa nacional de concurso contra o Zika

Caline Galvão em 23 de Agosto de 2016

A Escola Municipal Rural Eutrópia Gomes Pedroso, situada no Assentamento Tamarineiro I, está representando o município de Corumbá em nível nacional na campanha contra o Zika Vírus lançada pelo Ministério da Educação (MEC). Cerca de 1.160 instituições de ensino públicas e privadas prepararam vídeos com participação de alunos sobre conscientização contra a proliferação da doença. Na categoria Ensino Fundamental II, onde participa a escola rural, são 69 vídeos finalistas que passaram pela primeira seleção estadual e agora buscam o voto popular na segunda fase, mas a Comissão Julgadora também fará uma avaliação final. No Mato Grosso do Sul, além da escola em Corumbá, concorrem nessa segunda etapa uma escola particular de Campo Grande e a Escola Estadual Chico Mendes, em Água Clara.

Divulgação

Estudantes se fantasiam de mosquito para representar perigo que os criadouros têm na propagação de doenças como o Zika Vírus

Para Roselene Rodriguez, diretora da Escola Rural Eutrópia Gomes, o concurso foi uma boa oportunidade para trabalhar junto aos alunos o tema sobre doenças provocadas por mosquitos. “Nós somos uma escola municipal rural, integral e fronteiriça. É de muita valia participar desses concursos onde são colocados temas importantes para a sociedade. Nós tivemos um período de muita conturbação referente à dengue e à zika, então nós estamos fazendo um projeto a longo prazo para os nossos alunos. Veio muito ao encontro dos nossos anseios esse concurso. Com todas as nossas particularidades, trabalhamos com os alunos e a comunidade escolar para que assuntos como esse tenham bastante importância para nossa cidade e nossa comunidade”, afirmou a diretora ao Diário Corumbaense.

De acordo com a professora Mayara Coutinho, que organizou o vídeo e ensina as disciplinas de História, Geografia e Atividades Culturais para alunos do 6º ao 9º ano, a escola já estava em processo de educação no combate às doenças provocadas pelo Aedes aegypti antes de ser iniciado o concurso do MEC. “Primeiro fizemos panfletagem de veículos na rodovia Ramão Gomez com o tema e nos sábados letivos procuramos trabalhar o tema com todas as salas da escola. Foi proposta gincana e uma das provas era a produção de um vídeo. A gente não tinha pretensão de participar do concurso, mas aconteceu que cada equipe fez um vídeo e a equipe na qual eu estava venceu a prova. Como sabíamos que estava tendo o concurso do MEC, o vídeo foi enviado”, explicou a professora.

No vídeo produzido pela escola rural, alguns estudantes fantasiados de mosquito gostam do que observam, como caixa d’água aberta, lixo no chão e acham aquilo tudo muito confortável para a sua proliferação. Logo em seguida, os estudantes fantasiados de mosquitos passam a picar os outros estudantes que tomam a atitude de tampar a caixa d’água e limpar toda a sujeira do ambiente. No final, os mosquitos são mortos com spray e a mensagem da campanha “Atitude 10, Zika 0” é pronunciada  no final. A professora Mayara Coutinho produziu o enredo, gravação e edição. Já a professora de Artes, Jocilene Vernochi, colaborou com o figurino. O professor da sala de tecnologia, Damião Teixeira, ajudou na edição do vídeo.

O concurso “Pesquisar e Conhecer Para Combater o Aedes aegypti” deu oportunidade para todos os níveis educacionais da rede pública e privada de ensino, desde a educação infantil, passando pelo ensino fundamental e médio/técnico, educação de jovens e adultos até o ensino superior. A população pode participar do júri popular escolhendo o vídeo pelo nome da cidade (Corumbá), ver o nome da escola e votar, mas somente até esta terça-feira (23). O resultado final sai um dia depois. A cerimônia de premiação nacional vai acontecer no dia 29 de setembro, em Brasília. A premiação não foi divulgada.

Mayara Coutinho afirmou que essa colocação da escola a nível nacional, sendo a única representante da rede municipal de ensino do Estado nessa etapa do concurso, é muito importante para a instituição. “Independente da distância ou do lugar em que essas crianças e a comunidade estejam, deve haver um cuidado com relação a todo tipo de coisas ligadas à saúde, não é porque eles estão longe de todo mundo, no meio rural, fronteira com a Bolívia, que não vão ter acesso a esse tipo de informação. Eu acho importante esse tipo de informação ser alcançável a todos, independente de nível social ou localidade”, concluiu a professora.

Serviço: Para votar no vídeo da Escola Municipal Rural Eutrópia Gomes Pedroso, acesse: http://zikazero.mec.gov.br/juri-popular?view=juripopular&layout=videos&cat_id=5

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