PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

No compasso da bateria, Mocidade exaltou esplendor da vida noturna

Rosana Nunes em 09 de Fevereiro de 2016

Fotos: Anderson Gallo e Alejandro Brown

Rainha Karol Castelo mostrou sincronia com o ritmo forte da bateria Barcelona

Única escola de samba da zona sul - parte alta da cidade - a Mocidade Independente da Nova Corumbá  foi responsável por encerrar o desfile do grupo Especial na madrugada desta terça-feira, 09 de fevereiro. Com o enredo “As luzes da ribalta corumbaense”, a agremiação exaltou o esplendor da vida noturna de Corumbá, a maior cidade pantaneira de Mato Grosso do Sul. Escola levou 700 componentes distribuídos em 16 alas e ainda exibiu quatro carros alegóricos.

Comissão de Frente apresentou o enredo da escola com a fantasia “Noite de Gala”. Representou o glamour que a noite carrega no imaginário popular.

Edelton e Kamilla, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, trouxeram a noite de fato para a avenida. Com a fantasia “Adeus dia, bem vinda noite!”, mostraram o encanto de quem abraça o dia e se envolve com a escuridão noturna. Ala das baianas veio na sequência e transformou a passarela do samba num “Chão de Estrelas” com suas fantasias pontilhadas de luz.

Com o carro abre-alas, o símbolo da escola - arara pantaneira - entrou em cena com traje de gala para contar e cantar a noite corumbaense. Carro tinha a denominação “A arara pantaneira abre as cortinas para a Noite Corumbaense”. Foi seguida pelos “Guardiões Alegres”.

Abre-alas trouxe a arara pantaneira, símbolo da Mocidade

Bateria, com 100 ritmistas, passou com a fantasia “Cafetões”. Sua representação cênica pontou que além de donos do ritmo, também são donos da noite. Com fantasias nas cores vermelho, branco e dourado, fez o recuo na rua 15 de Novembro. Rainha de bateria foi Karol Castelo, mostrou sincronia com os integrantes comandados pelo mestre Diego. A cadência, ritmo forte e o som de cuícas, foram atrativos da bateria Barcelona, que comandou o tempo todo o compasso da escola.

Desfile apresentou três alas: “Melindrosas”, que eram passistas da escola; “Open Bar” e “Anoitecer” até a chegada do carro alegórico “Maria Mulata e sua Tolerância”. Alegoria encenou um cabaré fino e com motivos carnavalescos. Maria Mulata era amante do samba e do carnaval corumbaense. Representação trouxe um dos símbolos das casas de divertimento da cidade na segunda metade do século 20.

Enredo recordou os antigos carnavais de Corumbá com passagens das alas “Baile de Gala (Máscaras)”; “Noite do Vermelho e Branco”; “Noite do Preto e Branco” e “Bailes de Carnaval”. Momento exaltou a cultura local e a força e tradição dos bailes carnavalescos nos clubes corumbaenses.

Terceiro carro alegórico da Mocidade manteve o clima de nostalgia dos bailes dos clubes com “Riachuelo e Corumbaense - Guerra com Classe”. Alegoria mostrou a rivalidade entre esses dois clubes sociais e de futebol, que também era vivida na noite. Havia disputa para ver quem atraía mais gente para os bailes carnavalescos.

Casal de mestre-sala e porta-bandeira, Edelton e Kamilla representaram a noite e seu encanto

Alas “Sereno”, “Pagodão”, “Violadas” e “Serestas” mostraram os variados estilos que animaram e animam as noitadas em Corumbá. Casal mirim de mestre-sala e porta-bandeira prestou homenagem à noite. Eles sabem que pela idade ainda não podem viver a noite, mas sonham com a maioridade para conhecê-la.

Alas finais mostraram o “Baile do Havaí”, festa tradicional realizada em hotel luxuoso da cidade que indica que o carnaval se aproxima e, “A Noite é do Povo”, trouxe a velha guarda da escola mostrando que sem a participação do povo a noite não tem razão de ser.

Carro “Boate, a melhor balada” encerrou o desfile da Mocidade Independente da Nova Corumbá. Alegoria simbolizou o que há de melhor na noite corumbaense.

 

Galeria: Mocidade - 2016 - Fotos: Anderson Gallo e Alejandro Brown

Abrir Super Galeria
PUBLICIDADE