Camila Cavalcante em 30 de Janeiro de 2016
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Escola de samba imprimiu ritmo intenso na confecção das fantasias
“A Major Gama conseguiu em 30 dias com o auxílio da comunidade, das costureiras, dos aderecistas e de nossos empurradores concluir a confecção das fantasias e hoje já estamos trabalhando nos carros alegóricos. Vamos falar sobre uma iguaria nacional, a cachaça. Para quem não sabe, quem descobriu a cachaça foram os negros, escravizados. Tem até uma história boa, que retrata muito bem esse período, que é quando o negro apanhou muito de seu feitor, deitou-se sobre o chão. Havia palha sobre o teto e o melaço da cana de açúcar apodreceu, evaporou até o teto à noite e pingou sobre as feridas do negro, então, ele dizia, 'ai, água ardente, pinga água ardente', e deu-se o nome à cachaça de pinga e de água ardente. É sobre isso que iremos falar em nosso desfile”, afirmou ao Diário Corumbaense, o carnavalesco Joãozinho.
Carnavalesco Joãozinho é o responsável pela preparação da agremiação
A Major Gama contará com 12 alas, sendo todas destinadas ao público adulto e duas delas coreografadas. De acordo com o carnavalesco, a escola se apresentará com cerca de 700 componentes. O mestre-sala é Kleber e a porta-bandeira, Luana. Uma das atrações deste ano da agremiação estará à frente da bateria e ao lado da rainha, Ariane Urquiza. “É o rei de bateria, que virá acompanhando a rainha Ariana, será uma surpresa e ainda não podemos divulgar o nome do nosso rei”, frisou o carnavalesco.
O samba-enredo “A cachaça”, foi composto por Denilson dos Santos e terá como intérprete Braguinha.
Confira a letra do samba-enredo da Unidos da Major Gama:
EU QUERO MAIS É SER FELIZ
VOU DEIXA FLUIR A FELICIDADE
É CARNAVAL, SOU MAJOR GAMA, NESSA AVENIDA, A CACHAÇA VIRA SAMBA
Vem provar, um pouco da história brasileira
Lá da ilha da madeira
A cana caiana chegou à coroa portuguesa
Pra manter sua riqueza explorou o meu Brasil
Destilando o mel da terra
A água ardente deste solo surgiu
O engenho da escravidão
O negro chora na senzala do senhor
Na tristeza, lamentação , esquece o banzo e bebe pra curar a dor
Subiu a serra Sinhá buscando o ouro
E lá em Minas Gerais virou tesouro
Por toda a corte ecoou
A vida havia mandar, então deixa pingar
Natural, nossa caninha ganhou mundo
É cultural, na boemia ela nunca vai faltar
Levanta a ponta da chibata
É a resistência de um povo sofredor
Entre a chibata e a capoeira
A caipirinha é patrimônio nacional
A deusa do botequim
Dá um gole pro santo
E segue a noite até o fim
Laroiê, dai-me a sua proteção
Tem balaco e dendê , sarava meu guardião
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