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Proprietários se queixam de demora para socorrer cavalo golpeado com faca

Ricardo Albertoni em 08 de Outubro de 2015

Foto enviada por leitor

Ferimento foi provocado possivelmente por uma faca, durante a madrugada

Com um ferimento profundo provocado possivelmente por uma faca, durante a madrugada, um cavalo agonizou durante quase toda a manhã desta quinta-feira (08) em um terreno, no bairro Universitário, onde havia sido deixado amarrado pelo proprietário.

Ao Diário, a irmã do dono do animal, que utilizava o cavalo para trabalhar com fretes em uma carroça, não sabe quem pode ter golpeado covardemente o cavalo, mas se disse revoltada também com o fato de não ter conseguido ajuda para socorrer o animal.

Ela disse ter acionado o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar Ambiental e o CCZ. Apenas um veterinário enviado pelo Centro de Controle de Zoonoses foi ao local, porém, segundo ela, sem material, não pode realizar nenhum procedimento. O animal morreu.

Procurada pelo Diário Corumbaense, para responder sobre a ocorrência, a Polícia Militar Ambiental informou que, geralmente animais em área urbana são atendidos pelo CCZ, porém, a corporação age em situações de maus tratos. A solicitação em questão chegou até a PMA, mas a única viatura estava no assentamento São Gabriel e não pode ir até o local prontamente. De acordo com a PMA, não é da alçada da instituição realizar procedimentos médicos em animais e sim verificar a situação para tomar as providências que lhe cabem na busca pela responsabilização de culpados em situações de maus tratos. A corporação informou ainda que iria apurar as circunstâncias da  morte do animal.

Já a Central de Operações do 3º Grupamento de Bombeiros, informou que em casos como esse, os bombeiros atuam  em última hipótese, quando não se tem a participação de outros órgãos. Somente após avaliação de um veterinário determinando a eutanásia como única solução, é deslocada uma equipe do 3º Grupamento. Nessa situação especificamente, de animal golpeado com faca, no momento do contato, foi repassado o telefone do CCZ.

A chefe do Centro de Controle de Zoonoses, veterinária Walquíria Arruda da Silva, explicou a este Diário que o atendimento seguiu procedimento normal, ou seja,  assim que chegou a informação, o médico veterinário disponibilizado pela Prefeitura de Corumbá para atender casos indicados pelas Ongs que trabalham na defesa dos direitos dos animais na cidade, foi até o local realizar o diagnóstico e logo que foi constatado que o cavalo não sobreviveria, foi  solicitado o material para realizar o procedimento do sacrifício do animal. De acordo com Walquíria, o medicamento que segue todos os padrões estabelecidos, deve ser preparado na hora, e já estava sendo levado até o local quando chegou a informação de que o animal tinha morrido. O telefone do CCZ é o 3233-2783.

Comentários:

Sebastião Evangelista: É muito triste tudo isso que está acontecendo, o coração das pessoas está ficando cada vez mais frio, não existe mais compaixão e solidariedade para com o próximo, até os animais, totalmente indefesos, serem barbaramente torturados dessa forma, sim. isso foi uma tortura das mais demoníacas, esfaquear um animal amarrado, sem defesa alguma, descansando, talvez, depois de um exaustivo dia de trabalho, que também acho uma judiação e que deveria ser proibido. Em corumbá-MS, observo muitos cavalos amarrados, debaixo de um sol de mais de 40 graus e sem água para beber, isso também é falta de compaixão, falta de escrúpulos, é só se colocar no lugar do cavalo, será que você conseguiria ficar o dia todo amarrado, debaixo de um sol forte e sem água para beber? Pense nisso! Aqui se faz e aqui se paga, depois não reclame de alguma doença incurável, como um câncer na família, um acidente de moto que o deixou sem andar. Você colhe aquilo que você planta. Vamos tratar bem os nossos animais, eles também são criaturinhas de Deus. Deus abençoe a todos e que cuide da alma de quem fez uma monstruosidade dessa com um animal indefeso.