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PM que matou assassino de colega dentro do pronto-socorro é absolvido

Rosana Nunes em 24 de Setembro de 2015

Reprodução

Jonilson Silva tinha várias passagens policiais e já havia sido preso

Foi absolvido, pelo Tribunal do Júri, o soldado da Polícia Militar Edevaldo Aleixo Marques Fontes, de 38 anos. Ele era acusado de matar Jonilson Silva da Cruz, 33, dentro do pronto-socorro de Corumbá na madrugada do dia 02 de março deste ano. O julgamento foi realizado na quarta-feira, 23 de setembro, em Corumbá.

Reprodução/Facebook

Soldado João Márcio, morto no dia 02 de março deste ano, estava na PM desde 2008

Cruz – que tinha passagens policiais em Campo Grande e Corumbá por tentativa de homicídio, perturbação, vias de fato, furto, estelionato, lesão corporal dolosa, ameaça e era ex-presidiário – havia baleado e matado, naquela mesma madrugada, o também soldado do 6º Batalhão da PM, João Márcio Leite da Cruz, de 34 anos, em frente a uma casa de pagode na avenida 14 de Março, em Ladário. O policial, que estava na corporação desde 2008, levou três tiros: um no peito, um na perna e outro na região do abdômen e foi encontrado caído em cima da moto dele.

No confronto na avenida 14 de Março, onde baleou o policial, que estava de folga, Jonilson também se feriu e havia sido levado ao pronto-socorro de Corumbá. O soldado Fontes foi até lá em busca de informações sobre o colega de corporação e ao passar próximo à sala de procedimentos onde Jonilson estava, teria ouvido dele: "um policial a menos". O PM reagiu à provocação, sacou a arma e fez dois disparos contra Jonilson, que morreu no local.

Edevaldo Fontes se apresentou ao Comando da PM e foi encaminhado ao presídio militar, em Campo Grande. A defesa do policial militar conseguiu um alvará de soltura em maio para que ele aguardasse o julgamento em liberdade. Cabe recurso à sentença absolutória.

Em relação à morte do soldado João Márcio, a investigação da Polícia Civil concluiu que Jonilson matou para se vingar de um desentendimento que teve com o PM. Quatro pessoas foram presas na época, acusadas de dar suporte a Jonilson no crime.