Rosana Nunes em 01 de Julho de 2015
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Comissão de Ética da Câmara já deu início à análise do pedido de cassação de Buxexa
Buxexa pediu a palavra e fez a retratação. Ele disse ter conversado anteriormente com Vendramini e pedido desculpas. Na conversa, Buxexa teria afirmado que ambos se conheciam há tempos, que eram amigos. Reconheceu ter havido relativo excesso, mas queria se desculpar pelo que havia dito. O vereador disse ainda, na sessão, que retirava tudo o que havia falado e pediu que fosse também retirado dos registros da Câmara o discurso que havia "proferido".
Como o vereador Evander Vendramini já havia deixado a sessão, o presidente do Legislativo, Tadeu Vieira, afirmou que vai aguardar solicitação formal de Evander sobre a retirada do pedido do processo de cassação de mandato e encerrar a análise pela Comissão de Ética da Casa.
Ao Diário Corumbaense, o vereador Evander Vendramini confirmou que Buxexa Amaral o procurou e pediu desculpas. “Mas disse que formalizasse isso na tribuna, porque foi lá que ele fez acusações infundadas e partiu para ofensas pessoais. Como já não estava na sessão, vou pedir a gravação e se a retratação ocorreu, vou cumprir minha palavra e retirar o pedido”, concluiu.
Evander havia dito que se Buxexa se retratasse, retiraria o pedido de cassação
Entenda o caso
A mesa diretora da Câmara de Corumbá acatou requerimento apresentado na sessão ordinária do dia 18 de maio pelo vereador Evander pedindo a cassação de mandato do vereador do PHS. Tudo começou na sessão do dia 12 de maio, quando Buxexa Amaral apresentava requerimentos e iniciou uma discussão com Evander. O parlamentar saiu do campo político para as ofensas pessoais dizendo que o colega não era “confiável”, era um “invasor de terras” e ainda denominou outros termos ao se referir a Evander, chegando a envolver a mulher do vereador no bate-boca.
“Eu esperei toda a sessão para ver se ele iria se redimir. Mas isso não aconteceu. Entrei com o requerimento e pedi prazo necessário para anexar as razões, com cópias de áudio, vídeo e transcrição do que ele falou em plenário, além de apresentar testemunhas que presenciaram o episódio lamentável”, disse Evander ao Diário Corumbaense no dia 19 de maio.
“Ele me acusou de invadir área ambiental, coisa que nunca fiz, além de outras graves ofensas. A discussão é salutar, mas partir para o campo pessoal e fazer acusações infundadas, isso não vou permitir. O mínimo que se exige no plenário é o respeito, está no Regimento Interno, e há muito tempo o vereador Buxexa tem extrapolado os limites, agredindo verbalmente não só a mim como a outros parlamentares”, completou o vereador. Evander ainda ratificou que caso o vereador se retratasse no plenário da Câmara, retiraria o pedido de cassação, desde que a comissão processante não estivesse aberta.
No dia 08 de junho, após boa parte dos integrantes da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, renunciar à função, o presidente da Câmara de Vereadores, Tadeu Vieira, usou o Regimento Interno da Casa para nomear a nova composição da Comissão para avaliar o pedido de cassação de mandato do vereador Buxexa Amaral por quebra de decoro parlamentar.
O vereador João Lucas (PP) preside a Comissão de Ética, que tem ainda como integrantes Luciano Costa e Cristina Lanza, ambos do PT e os suplentes Yussef El Salla (PDT) e Roberto Façanha (PMDB). À comissão foi dado prazo de 90 dias para analisar o pedido e dar parecer pela abertura ou não da comissão processante. “Enquanto o vereador Evander não formalizar o pedido de arquivamento do processo, a Comissão de Ética dará andamento normal aos procedimentos”, declarou Tadeu Vieira.
A Câmara de Corumbá retoma as sessões ordinárias no dia 03 de agosto.
Yves Costa Pereira: ISSO JÁ ESTARIA PREVISTO ,PELO VEREADOR BUXEXA,PALAVRAS QUE FORAM DITAS NÃO SE APAGAM,COMO DIZ O DITADO O CORCUNDA SABE DO LADO QUE DEITA, E TUDO TERMINA EM PIZZA,
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