Caline Galvão em 27 de Maio de 2015
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Proposta de paralisação é para o dia 15 de junho, mas na sexta-feira (29), haverá mobilização
Segundo Anamaria Santana da Silva, representante sindical da ADUFMS do Campus de Corumbá, a maioria dos professores optou por aderir à greve. A paralisação da sexta-feira (29) tem o objetivo de mobilizar docentes para a greve e esclarecer a sociedade sobre o papel da Universidade, a situação atual em que se encontra a instituição e a educação brasileira. “Nós consideramos que a ‘Pátria Educadora’ está de luto”, afirmou Anamaria. Durante a paralisação, os professores se organizarão em frente ao Campus, localizado na Avenida Rio Branco, a partir das 09h, para realização de carreata até o centro da cidade, onde haverá concentração para panfletagem, na Praça da Independência.
Essa é uma greve nacional e suas reivindicações estão divididas em cinco eixos: defesa do caráter público da universidade; condições de trabalho; garantia da autonomia; reestruturação da carreira; valorização salarial de ativos e aposentados. “São propostas que a categoria vem trazendo desde 2012. Tivemos parte dela atendida, mas outra parte está com o pessoal do MEC, mas o Ministério não tem apontado para uma resposta positiva, por isso nós estamos deflagrando esta greve”, esclareceu a professora ao Diário Corumbaense.
Em reunião com o Andes-SN, no dia 22 de maio, o Ministério da Educação (MEC) informou que o acordo firmado entre o Sindicato e o Governo, sobre conceitos da carreira docente, no dia 23 de abril de 2014, não é mais válido. Na ocasião, o MEC alegou que o corte na Educação deverá ser de 9 bilhões de reais, mas sem ter conhecimento do impacto que isso acarretará sobre as Universidades e Institutos federais.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), a greve foi o último recurso encontrado pelos docentes para pressionar o Governo Federal a ampliar os investimentos na educação pública e dar respostas ao total descaso do Executivo frente à profunda precarização das condições de trabalho e ensino nas instituições públicas federais de ensino, muitas das quais já estão impossibilitadas de funcionar por falta de técnicos, docentes e estrutura adequada.
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