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Professores do Campus do Pantanal aderem à paralisação nacional e aprovam indicativo de greve

Caline Galvão em 27 de Maio de 2015

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Proposta de paralisação é para o dia 15 de junho, mas na sexta-feira (29), haverá mobilização

Em assembleia realizada na terça-feira (26), os professores da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal (UFMS/CPAN), aprovaram indicativo de greve para o dia 15 de junho e paralisação nacional na próxima sexta-feira (29). Simultaneamente a essa reunião, aconteceram assembleias em todos os campi da UFMS. O objetivo foi expor a decisão do Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) sobre a greve nacional, deliberação tomada juntamente com representantes dos sindicatos afiliados no encontro que aconteceu em Brasília, no dia 16 de maio.

Segundo Anamaria Santana da Silva, representante sindical da ADUFMS do Campus de Corumbá, a maioria dos professores optou por aderir à greve. A paralisação da sexta-feira (29) tem o objetivo de mobilizar docentes para a greve e esclarecer a sociedade sobre o papel da Universidade, a situação atual em que se encontra a instituição e a educação brasileira. “Nós consideramos que a ‘Pátria Educadora’ está de luto”, afirmou Anamaria. Durante a paralisação, os professores se organizarão em frente ao Campus, localizado na Avenida Rio Branco, a partir das 09h, para realização de carreata até o centro da cidade, onde haverá concentração para panfletagem, na Praça da Independência.

Essa é uma greve nacional e suas reivindicações estão divididas em cinco eixos: defesa do caráter público da universidade; condições de trabalho; garantia da autonomia; reestruturação da carreira; valorização salarial de ativos e aposentados. “São propostas que a categoria vem trazendo desde 2012. Tivemos parte dela atendida, mas outra parte está com o pessoal do MEC, mas o Ministério não tem apontado para uma resposta positiva, por isso nós estamos deflagrando esta greve”, esclareceu a professora ao Diário Corumbaense.

Em reunião com o Andes-SN, no dia 22 de maio, o Ministério da Educação (MEC) informou que o acordo firmado entre o Sindicato e o Governo, sobre conceitos da carreira docente, no dia 23 de abril de 2014, não é mais válido. Na ocasião, o MEC alegou que o corte na Educação deverá ser de 9 bilhões de reais, mas sem ter conhecimento do impacto que isso acarretará sobre as Universidades e Institutos federais.

De acordo com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), a greve foi o último recurso encontrado pelos docentes para pressionar o Governo Federal a ampliar os investimentos  na educação pública e dar respostas ao total descaso do Executivo frente à profunda precarização das condições de trabalho e ensino nas instituições públicas federais de ensino, muitas das quais já estão impossibilitadas de funcionar por falta de técnicos, docentes e estrutura adequada.

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