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Corpo de trabalhador que morreu no Paraguai é sepultado em Ladário

Da Redação em 06 de Março de 2015

Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Corpo de Rafael Soares, foi sepultado na tarde desta sexta-feira

Foi sepultado na tarde desta sexta-feira (06) o corpo de Rafael Soares de Oliveira, de 28 anos. Ele morreu na segunda-feira (02) na cidade de Assunção, no Paraguai, mas o corpo só chegou ao município de Ladário na madrugada desta sexta. O rapaz era marinheiro de convés e estava em um bote na companhia de mais dois colegas de trabalho, quando a embarcação virou. Mesmo usando colete salva-vidas, ele morreu no acidente, após ficar preso debaixo de uma chata.

Desde a morte de Rafael, a família passou por muito sofrimento, a começar pela falta de informação de quando o corpo seria trazido para cá. “Minha mãe está com 73 anos e meu pai, 68 anos, foi aquele desespero quando a notícia foi dada. O corpo era para ter saído do país vizinho ainda na segunda-feira, mas até a manhã de quinta-feira aguardava liberação”, disse Simoni Soares de Oliveira, de 39 anos, irmã de Rafael.

O advogado da empresa Cinco Bacia, onde Rafael trabalhava havia três anos, explicou que todas as providências necessárias foram tomadas, porém, por ser outro país, a burocracia para a liberação foi grande. “A empresa tomou todas as providências junto às autoridades paraguaias, através do agente que nos atende na cidade de Assunção. Tudo teve que seguir os trâmites legais do Paraguai”, disse o advogado Luiz Fernando Toledo Jorge. 

O corpo foi liberado no final da manhã de quinta-feira e o translado foi feito via terrestre. Porém, a família passou por mais uma situação de sofrimento. “Havia a promessa da empresa de o corpo ser embalsamado, entretanto, veio em um veículo do Paraguai, sem nenhum tipo de condições de transporte e para piorar,  já estava em decomposição. O rosto do Rafael estava bem inchado e o odor estava muito forte. O laudo do médico legista do Paraguai dizia que em 48h o corpo deveria ser sepultado, mas isso ocorreu somente cinco dias”, falou ao Diário Corumbaense o advogado da família, Reinaldo Gimenes Ayala.

O advogado informou também que todas as medidas cabíveis serão tomadas para que seja esclarecida a morte do trabalhador e a falta de noticias à família com relação ao translado do corpo. “Nós vamos buscar todas as informações necessárias para poder esclarecer a causa da morte do Rafael e também vamos tomar as providências judiciais cabíveis porque a empresa deixou de cumprir com suas obrigações com o trabalhador e com a família dele deixando de informar corretamente a data da chegada do corpo, sendo que os pais têm idade avançada. A mãe dele teve problemas cardíacos devido a esses fatos e toda a família passou por essa situação de sofrimento pela morte do Rafael e pelo total descaso da empresa”, completou.

Já o advogado da Cinco Bacia, reforçou a este Diário que todas as providências necessárias foram tomadas, porém, a empresa não teve acesso ao laudo médico e diz que ela está à disposição da família.

“O fato aconteceu no Paraguai e os procedimentos foram feitos lá, eu não sei informar o estado em que o corpo chegou, mas tomamos as providências necessárias para que fosse trazido. O que posso dizer é que estamos à disposição da família”, concluiu Luiz Fernando Toledo Jorge.

 

Comentários:

rejani rilke de oliveira : DESCANSE EM PAZ JOVEM;MORREU TRABALHANDO;QUE PENA MEU DEUS.ESPERO QUE A FAMILIA RECEBA SEUS DIREITOS;POIS TEM MUITA EMPRESA QUE TERCEIRIZA SEUS SERVIÇOS E QUANDO ACONTECE UMA TRAGEDIA A FAMILIA FICA SEM NADA.SEJAM HUMANOS EMPRESARIOS;TODO MUNDO VAI PARA O MESMO LUGAR;DEPOIS DESSA VIDA.TRATEM BEM SEUS FUNCIONARIOS E SEUS FAMILIARES.

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