Da Redação em 05 de Março de 2015
Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Irmãos de Rafael disseram não ter recebido resposta sobre o translado até a manhã desta quinta-feira
Representante da empresa responsável por contratar Rafael avisou os pais do funcionário sobre o acidente. “Minha mãe está com 73 anos e meu pai, 68 anos, foi aquele desespero quando a notícia foi dada. O corpo era para ter saído do país vizinho ainda na segunda-feira, mas até a manhã de hoje (05), aguardava liberação”, explicou Simone.
A família foi atrás dos responsáveis pela empresa Cinco Bacia, onde o rapaz prestou serviços por quase três anos e o que recebeu foram apenas informações que não os tranquilizaram. “Entramos em contato com a empresa no mesmo dia, falaram que o corpo iria chegar à noite, que já haviam fretado um avião e inclusive falaram que era da Unimed. Desde então, não recebemos nenhuma notícia certa sobre o corpo do nosso irmão. Pedi até que me mandassem para lá, para que eu pudesse constatar que é o Rafael”, frisou.
Rafael era o caçula de seis irmãos, sendo dois homens e quatro mulheres. “O que a gente quer saber é se vamos receber o corpo do nosso irmão de forma digna, se vamos poder abrir o caixão e dar o último adeus para ele. A única coisa que meus pais querem é o corpo do filho, para que eles possam dar um enterro digno. Desde a notícia, eles estão muito abalados; nós queremos respostas porque a única coisa que eles nos pedem são documentos”, completou Márcia Gonçalves de Oliveira, de 46 anos, uma das irmãs de Rafael.
A este Diário o advogado da empresa Cinco Bacia explicou que todas as providências necessárias para que o corpo de Rafael venha para Corumbá, foram tomadas, porém, por ser outro país, a burocracia para a liberação é grande. “A empresa tomou todas as providências junto às autoridades paraguaias, através do agente que nos atende na cidade de Assunção. Tudo teve que seguir os trâmites legais do Paraguai”, disse o advogado Luiz Fernando Toledo Jorge.
No fim da manhã, o corpo de Rafael foi liberado para o translado via terrestre. “O que a gente quer é que chegue o quanto antes para que a família possa velá-lo”, concluiu o advogado da empresa.
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