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Família espera por corpo de trabalhador que morreu no Paraguai

Da Redação em 05 de Março de 2015

Fotos: Anderson Gallo/Diário Corumbaense

Irmãos de Rafael disseram não ter recebido resposta sobre o translado até a manhã desta quinta-feira

Os últimos dias foram de muito sofrimento para a família de  Rafael Soares de Oliveira, de 28 anos, que morreu no fim da manhã de segunda-feira (02) na cidade de Assunção, no Paraguai. O rapaz era marinheiro de convés e estava em um bote na companhia de mais dois companheiros de trabalho, quando a embarcação virou. Mesmo usando colete salva-vidas, ele morreu no acidente. “Segundo a empresa, veio uma onda que virou o barco; os três caíram na água e foram para debaixo de uma chata. O Rafael era o único que estava com o colete salva-vidas; os outros dois conseguiram mergulhar e sair, já meu irmão ficou preso na chata”, disse ao Diário Corumbaense, Simone Soares de Oliveira, de 39 anos, irmã de Rafael.

Representante da empresa responsável por contratar Rafael avisou os pais do funcionário sobre o acidente. “Minha mãe está com 73 anos e meu pai, 68 anos, foi aquele desespero quando a notícia foi dada. O corpo era para ter saído do país vizinho ainda na segunda-feira, mas até a manhã de hoje (05), aguardava liberação”,  explicou Simone.

A família foi atrás dos responsáveis pela empresa Cinco Bacia, onde o rapaz prestou serviços por quase três anos e o que recebeu foram apenas informações que não os tranquilizaram. “Entramos em contato com a empresa no mesmo dia, falaram que o corpo iria chegar à noite, que já haviam fretado um avião e inclusive falaram que era da Unimed. Desde então, não recebemos nenhuma notícia certa sobre o corpo do nosso irmão. Pedi até que me mandassem para lá, para que eu pudesse constatar que é o Rafael”, frisou.

Advogado da empresa afirmou que a burocracia paraguaia atrasou a liberação do corpo

Rafael era o  caçula de seis irmãos, sendo dois homens e quatro mulheres. “O que a gente quer saber é se vamos receber o corpo do nosso irmão de forma digna, se vamos poder abrir o caixão e dar o último adeus para ele. A única coisa que meus pais querem é o corpo do filho, para que eles possam dar um enterro digno. Desde a notícia, eles estão muito abalados; nós queremos respostas porque a única coisa que eles nos pedem são documentos”, completou Márcia Gonçalves de Oliveira, de 46 anos, uma das irmãs de Rafael.

A este Diário o advogado da empresa Cinco Bacia explicou que todas as providências necessárias para que o corpo de Rafael venha para Corumbá, foram tomadas, porém, por ser outro país, a burocracia para a liberação é grande. “A empresa tomou  todas as providências junto às autoridades paraguaias, através do agente que nos atende na cidade de Assunção. Tudo teve que seguir os trâmites legais do Paraguai”, disse o advogado Luiz Fernando Toledo Jorge. 

No fim da manhã, o corpo de Rafael foi liberado para o translado via terrestre. “O que a gente quer é que chegue o quanto antes para que a família possa velá-lo”, concluiu o advogado da empresa. 

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