Rosana Nunes em 17 de Fevereiro de 2015
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Águia, símbolo da Vila, fez movimento de abrir e fechar, simbolizando o abraço à alma africana
Com vestimentas femininas, a Comissão de Frente representou a pujança da mulher negra. A águia, símbolo da escola, veio no carro abre-alas e fez o movimento de abrir e fechar as asas. As baianas representaram Iemanjá, Iansã, Oxum e Nanã, sendo cada fileira remetendo a uma Orixá, com as cores Azul, Amarelo, Vermelho e Violeta. Os quilombos, símbolo da resistência da raça negra durante o período da escravidão foram o tema das fantasias do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Salgadinho e Ângela Arruda.
Os 110 ritmistas, comandados pelo mestre Edinho, representaram os Guerreiros de Nzinga e mostraram força, ritmo e muita garra da agremiação. A rainha da bateria, Cartilene Diniz, mostrou samba no pé. O segundo carro alegórico representou o Navio Negreiro e retratou a chegada de um povo que não perdeu suas raízes africanas, apesar de toda a opressão causada pelos ferros dos grilhões.
Anderson Gallo/Diário Corumbaense
Rainha Cartilene Diniz e a bateria comandada por mestre Edinho
Grandes mulheres negras estiveram representadas nas alas, tais como Teresa de Benguela, líder quilombola; Escrava Anastásia, curandeira que realizava milagres; Xica da Silva, ex-escrava que escandalizou Diamantina com suas extravagâncias; Clementina de Jesus, compositora de sambas; Jovelina Pérola Negra, que ajudou a consolidar o pagode como estilo musical do país e Dona Ivone Lara, compositora.
História
Fundado em 1981, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Vila Mamona, segunda escola com mais títulos do carnaval corumbaense, traz em seu pavilhão as cores verde, branco e vermelho. Uma das mais tradicionais escolas de samba e com uma sequência de 14 títulos consecutivos, amarga um jejum de 10 anos sem a premiação máxima do carnaval de Corumbá e vem de dois rebaixamentos, em 2011 e 2013. Foi campeã do Grupo de Acesso em 2014 com o enredo que falava sobre o cinema: "A Vila faz da avenida a calçada da 7ª arte", que garantiu seu retorno ao Grupo Especial deste ano.
Com o enredo defendido este ano, “O brilho da noite, estrelas negras do nosso Brasil”, o diretor de harmonia, José Maria, disse ao Diário Corumbaense que a Vila vem de um processo de resgate de sua história no carnaval. "A comunidade mamonense se dedicou e tenho certeza que vamos conseguir um bom resultado", afirmou.A apuração oficial dos desfiles das escolas de samba dos Grupos de Acesso e Especial é nesta quarta-feira, às 16h, na avenida General Rondon. Antes, ao meio-dia, este Diário realiza no Espaço M, do Hotel Nacional, a entrega das placas douradas aos ganhadores do Esplendor do Samba.
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